Sindicato Rural de Luís Eduardo sela parceria com Fundação holandesa na certificação de soja

Publicado em 18/03/2013 08:50 e atualizado em 18/03/2013 10:21
O selo RTRS é reconhecido internacionalmente e aceito em todas as transações comerciais. Adesão ao Programa é voluntária do produtor rural.
Aproximadamente 60% de todos os produtos que compramos no supermercado tem a soja como matéria-prima essencial, o que faz da soja, a mais importante fonte de proteína do mundo.
 
Sua utilização global apresenta uma cadeia de fornecimento caracterizada por um grande número de produtores (grandes e pequenos) e um grande número de usuários na alimentação animal (agricultores) e no produto final (consumidores). Junto a essa cadeia somam-se os desafios de impacto ambiental e social, os quais variam de região para região, como desmatamento, perda da biodiversidade, toxidade, poluição da água devido ao uso excessivo ou incorreto de agrotóxicos, direitos trabalhistas, disputas de terras e inclusão de pequenos produtores.
 
Para certificar propriedades do oeste da Bahia que trabalham a favor de uma produção de soja economicamente viável, socialmente equitativa e ambientalmente adequada, o Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães firmou convênio com a Fundação Solidaridad, uma organização internacional com mais de 20 anos de experiência na criação de cadeias de fornecimento justo e sustentável: do produtor ao consumidor.
 
O programa “Selo de Sustentabilidade RTRS para o Oeste da Bahia”, firmado em janeiro passado, conta com recursos do Governo da Holanda e da IDH (Iniciativa Holandesa de Comércio Sustentável) através do fundo SFTF (Fundo de Via Rápida para Soja) e segue o padrão de produção de soja responsável da RTRS (Associação Internacional de Soja Responsável) fundada em 2006 na Suíça, que inclui requerimentos para conservar áreas com alto valor de conservação, promover as melhores práticas de gestão, assegurar condições de trabalhos justas, e respeitar as reclamações pela posse de terras. O selo RTRS é reconhecido internacionalmente e aceito em todas as transações comerciais.
 
O Selo de Sustentabilidade RTRS para o Oeste da Bahia, de adesão voluntária do produtor, apresenta entre as vantagens, a produção diferenciada valorizada no mercado; identificação da origem; acesso a mercados diferenciados; influência a cadeia de produção na busca de fontes sustentáveis; blindagem contra litígios; maior transparência no gerenciamento; maior poder de negociação com acesso fácil aos dados; valorização da propriedade no caso de venda e valorização na obtenção de crédito RTRS. Em três anos, a meta é atingir 80.000 hectares de área certificadas no oeste baiano.
 
Comitiva holandesa
O Diretor de Programa da IDH, Jan Nicolai, esteve em Luís Eduardo no início do mês de março visitando fazendas com potencial de certificação RTRS, além de acompanhar o processo de expansão agrícola de soja e milho na Fazenda Bananal, ao norte de Luís Eduardo Magalhães, empreendimento de 26 mil hectares.
 
Os programas da IDH objetivam melhorar a sustentabilidade das cadeias produtivas internacionais, trabalhando no sentido de combater as deficiências sociais, ambientais e econômicas de setores como o da soja, nos países em desenvolvimento sob os critérios de certificação estabelecidos pela RTRS.  A IDH busca, até o ano 2015, utiliza-se de soja 100% responsável na produção de alimentos. A Holanda é o segundo maior comprador de produtos de soja brasileiros, ficando atrás apenas da China.
 
Também esteve acompanhando os trabalhos no oeste da Bahia, o Diretor do Grupo Agrifirm, Ruud Tijssens, empresa internacional (Europa e China). O foco da visita de Tijssens foi a importação de farelo da soja brasileira para a fabricação de ração.
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Fonte:
Sindicato Rural de LEM

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