Grãos tentam se recuperar e operam em alta na manhã desta 3ª

Publicado em 25/06/2013 08:17

A manhã desta terça-feira (25) é positiva para o mercado internacional de grãos. Por volta das 8h05 (horário de Brasília), os futuros da soja, do milho e do trigo negociados na Bolsa de Chicago operavam em alta. A oleaginosa ainda mantinha seu fôlego para continuar subindo após os ganhos da sessão anterior, e os grãos tentavam reverter parte das intensas perdas registradas ontem. 

Com altas entre 1,50 e 8 pontos, a soja parece não ter absorvido um impacto muito expressivo do último reporte de acompanhamento de safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que mostrou, no fim desta segunda-feira (24), que o plantio nos EUA passou de 85 para 92% em uma semana e que 65% das lavouras estão em boas ou excelentes condições. 

Já o milho e o trigo sobem depois de fechar o pregão regular de ontem com significativa queda. No milho, às 8h15, as altas eram de 4,25 a 5,25 pontos, no trigo, de 5 a 6 pontos na sessão desta terça-feira. 

Além da tentativa de recuperação, o mercado em Chicago no curto prazo encontra suporte ainda nos fundamentos. A oferta, tanto de soja quanto de milho, está muito escassa nos Estados Unidos e a demanda se mantém bastante aquecida. 

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho e trigo recuam com clima bom nos EUA, soja fecha em alta

Na sessão desta segunda-feira (23), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam o dia do lado positivo da tabela. O pregão foi marcado por intensa volatilidade. Mais cedo, a oleaginosa chegou a exibir um significativo recuo, passou para o campo misto e conseguiu reverter parte das perdas no final da sessão, terminando o dia em alta. 

O vencimento julho/13, o mais negociado nesse momento, terminou os negócios valendo US$ 15,12 por bushel, subindo 18,75 pontos; o agosto fechou a US$ 14,21, com 7,50 potos positivos. O suporte para o mercado no curto prazo ainda vem dos fundamentos, onde o quadro permanece inalterado. 

Há uma preocupante escassez de soja nos Estados Unidos com estoques muito ajustados no país frente a uma demanda muito aquecida, principalmente no mercado interno norte-americano. Com isso, o pouco volume de produto ainda disponível. 

"A escassez de momento vai continuar colocando um forte suporte, especialmente para os meses de julho, agosto e setembro, para soja e milho. Continua uma demanda muito forte, e o destaque é da indústria, porque se percebe um aumento da demanda interna nos EUA por farelo com a retomada da produção de carnes, aves e suínos. E muita gente se questiona se haverá abastecimento suficiente para fazer essa ponte entre safra velha e a chegada da safra nova no início de outubro", explica Camilo Motter, economista da Granoeste Corretora de Cereais. 

Ao mesmo tempo, os vencimentos mais distantes fecharam a sessão próximas da estabilidade, com ganhos bem pouco expressivos e o milho e o trigo encerraram o dia com um recuo bastante significativo. As baixas do trigo superaram os 14 pontos nos principais contratos e as do milho ficaram entre 8 e 13 pontos. 

O principal fator de pressão para os preços nesta sessão, segundo analistas, são as previsões de uma clima mais favorável ao desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos nas próximas semanas. Institutos de meteorologia indicam uma melhora nas condições climáticas do Meio -Oeste dos EUA, principal região produtora do país, nos próximos dias, com um tempo mais quente e menos chuvas.

De acordo com o Commodity Weather Group, nesta semana as temperaturas devem chegar aos 32ºC, o que poderia configurar um bom quadro para o desenvolvimento das lavouras. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga seu novo boletim de acompanhamento de safra e as expectativas são de que a instituição aponte um bom avanço no plantio da soja e boas condições para as plantações dos graõs. 

Financeiro - O dia negativo no mercado financeiro também exerceu alguma pressão sobre o mercado de commodities na sessão de hoje. As principais bolsas de valores do mundo fecharam o dia em baixa refletindo as preocupações, principalmente, com o possível aperto monetário previsto para a China. 

"Há preocupações com a China e há pouca coisa para as pessoas ficarem otimistas no momento. As coisas têm caído como uma pedra. Parece um pouco brutal demais para que seja apenas uma retração saudável", disse o diretor de negociações da MB Capital, Marcus Bullus, à agência Reuters. 

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Notícias Agrícolas

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