Grãos: De lado, mercado tenta uma recuperação nessa 4ª feira

Publicado em 24/07/2013 08:05 e atualizado em 24/07/2013 10:06

Na manhã desta quarta-feira (24), os futuros da soja encerraram o pregão eletrônico em campo misto na Bolsa de Chicago. As primeiras posições da commodity resgitraram quedas e o contrato agosto/13 fechou cotado a US$ 14,26 por bushel, com 36 pontos de perdas. Os futuros do milho terminaram a sessão do lado negativo da tabela com baixas entre 2 e 6,75 pontos. Em contrapartida, o trigo registrou pequenos ganhos entre 1,75 e 2,50 pontos.

O mercado, segundo analistas, tenta se recuperar das baixas registadas ontem, motivadas por uma intensa realização de lucros e pelas previsões que indicam um clima favorável para o desenvolvimento da nova safra dos EUA. No entanto, os negócios ainda caminham de lado na CBOT. 

Veja como fechou o mercado nesta terça-feria (23):

Grãos: Mercados fecham 3ª feira com forte baixa na Bolsa de Chicago

Na sessão desta terça-feira (23), o mercado internacional de grãos fechou o dia com significativas baixas na Bolsa de Chicago. As perdas mais intensas foram registradas pela soja, com o vencimento agosto/13 perdendo mais de 50 pontos. O contrato terminou a sessão valendo US$ 14,62 por bushel. As demais posições perderam quase 30 pontos. O mercado foi pressionado, segundo analistas, por uma combinação de fatores. 

De um lado, uma intensa realização de lucros pesou sobre as cotações, principalmente nos vencimentos mais próximos, os quais ontem exibiram uma intensa alta, como explicou o analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos. "Muita gente entrou no spread nos últimos dias - comprando o contrato agosto e vendendo o novembro - e agora estão tendo que liquidar o spread, fazendo exatamente o oposto", disse. 

Além disso, boatos de que a China estaria vendendo cerca de 3 milhões de toneladas de soja de suas reservas internas também  pressionaram as cotações nesta terça. "O prêmio aqui nos Estados Unidos está despencando com a notícia, e por isso temos a soja para agosto com tanta pressão, devolvendo os ganhos de segunda-feira (22)", afirmou Dejneka.

O milho e o trigo também encerraram o dia do lado negativo da tabela. No pregão desta terça, o milho recuou entre 12 e 18 pontos nos futuros mais negociados e, no trigo, as perdas foram de quase 7 pontos. 

Ambos os mercados, ainda de acordo com analistas, além da soja, refletiram o clima favorável para o desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos. As temperaturas mais amenas e chuvas leves criam boas condições climáticas para as fases nas quais estão entrando as lavouras. 

No entanto, ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo relatório de acompanhamento de safra indicando uma baixa do índice de lavouras - tanto de soja quanto de milho - em boas ou excelentes condições. Para Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, o mercado, porém, acabou ignorando esses números já que não vieram muito diferentes do que já vinha sendo esperado. 

"Mesmo com essa baixa, os níveis de qualidade de soja e milho estão bem melhores do que os do ano passado. 64% das lavouras de soja estão entre boas e excelentes, enquanto que no ano passado estavam em 31%. E no ano passado, as lavouras estavam sob forte efeito da estiagem, enquanto esse ano o quadro é praticamente normal e o atraso no plantio ainda não é considerado um problema", disse. 

No caso do milho, as plantações em boas ou excelentes condições caíram de 66 para 63%, um recuo um pouco maior do que o esperado pelo mercado, porém, sem reflexo para um movimento positivo para os preços. "Um fator que o mercado observou e serviu de apelo negativo para os preços é que, na semana passada, as lavouras que estavam em floração eram 16% e nessa semana passaram para 43%, quase metade das lavouras estão em florescimento e as condições atuais de clima são boas para essa fase das lavouras", explicou o consultor. 

Com esse quadro, para Flávio França, analista de mercado da Safras & Mercado, daqui para frente, com boas expectativas para a nova safra dos EUA a tendência é de que os preços da soja e do milho recuem no segundo semestre. “O tempo para os preços altos está acabando, no mês de agosto já começa a colheita do milho e em setembro a da soja. As cotações irão perder força em relação aos valores atuais, claro que tem muita coisa para frente”, afirma. 

Assim, os produtores norte-americanos voltaram às vendas com o que ainda resta da safra velha, aproveitando os bons preços do mercado norte-americano, os quais registraram níveis historicamente altos nesta segunda-feira (22). Porém, frente a esse movimento de venda por parte dos produtores, os prêmios acabaram cedendo de 20 a 50 pontos nos EUA. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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