Após semana positiva, mercado da soja opera na defensiva na CBOT

Publicado em 07/02/2014 07:02 e atualizado em 07/02/2014 07:43

Após mais uma sessão de expressivas altas ontem, o mercado da soja na Bolsa de Chicago opera na defensiva na manhã desta sexta-feira. Por volta das 8h (horário de Brasília), os vencimentos mais negociados perdiam pouco mais de 1 ponto. O mercado internacional da soja registrou uma semana bastante positiva, segundo analista, e fez com que os primeiros vencimentos, março e maio/14, retomassem o patamar dos US$ 13 por bushel. 

As cotações, porém, passam somente por uma correção técnica haja vista que o mercado ainda encontra sustentação em seus fundamentos de oferta e demanda e tambám nas expectativas sobre a safra brasileira. Antes projetada como recorde, a produção do Brasil vem sendo castigada por um calor intenso e pela falta de chuvas, o que já tem comprometido a produtividade em estados importantes no cultivo da oleaginosa. 

veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja fecha em altas e primeiros vencimentos superam US$ 13

Nesta quinta-feira (6), o mercado da soja fechou a sessão regular com expressivos ganhos na Bolsa de Chicago, elevando o vencimento maio/14, referência para a safra brasileira a US$ 13,11 por bushel, com alta de 12,25 pontos. Os demais contratos subiram entre 9 e 12 pontos. 

A forte demanda pela soja norte-americana estimulou o movimento das cotações, reforçadas pelos números de exportações semanais divulgados nesta quinta pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As vendas da safra atual e da 2014/15 somaram de 796,5 mil toneladas e ficaram dentro das expectativas do mercado que eram de 550 mil a 850 mil toneladas.

As exportações nos Estados Unidos continuam acontecendo em um ritmo bastante acelerado e os estoques finais já são bastante ajustados. Na próxima terça-feira (10), o USDA traz um novo relatório de oferta e demanda e, para alguns analistas, poderia trazer um reajuste positivo para as exportações e, consequentemente, ajustando ainda mais as reservas locais, que poderiam passar de 4,08 milhões para 4 milhões de toneladas.  

Além disso, segundo Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest, o mercado está sob forte influência do movimento de compra por parte dos fundos, os quais observam o clima seco no Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, e os riscos que essas condições causam à safra brasileira.

No entanto, o analista explica também que grande parte desse impacto da seca já foi precificado pelo mercado e, para que as altas ainda sejam estimuladas por esse fator seria somente caso as altas temperaturas se mantenham ou novas vendas por parte, principalmente, da China forem anunciadas. 

Na próxima semana, tanto o USDA como a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) trazem seus números oficiais de estimativas para a safra brasileira de soja e a confirmação de perdas e projeções menores podem dar mais estímulo às cotações. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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