Agrimoney: USDA reduz estimativa para safra de milho e soja da Argentina

Publicado em 07/02/2014 14:52 e atualizado em 07/02/2014 15:45

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu suas expectativas para as exportações de soja e milho da Argentina, com o argumento de que as altas temperaturas e a falta de chuva irão impactar negativamente nas safras. 

O escritório do USDA em Buenos Aires informou que “um período longo de temperaturas muito altas, combinadas com pouca umidade do solo em dezembro afetou quase todo o milho precoce”. 

A estimativa para a produção de milho da safra 2013-14 foi revista para 23,8 milhões de toneladas, uma redução de 1,2 m.t. em relação aos 25 milhões de toneladas previstos anteriormente.   

Já a previsão para a produção de soja foi revista para 54 milhões de toneladas.  
 
O milho precoce, que representa de 50% a 55% da safra, foi beneficiado pelas chuvas que atingiram o país em janeiro, mas elas chegaram “tarde demais”, segundo o USDA.
 
Exportações menores
O USDA também reduziu sua projeção para a exportação de milho, refletindo uma produção menor. O volume disponível para exportação deve ficar em 15,3 milhões de toneladas, o que está abaixo da cota de 16 milhões / tons. Anunciada pelo governo em meados de 2013. 

“Os produtores estão vendendo pouco, pois acreditam que o preço do milho está muito baixo e que poderá haver uma maior desvalorização no futuro, que poderá beneficiá-los”, informou o USDA.

O departamento defende que esta diminuição das vendas se deve aos traders, que não estariam dispostos a arriscar rejeições, assim como aconteceu com os Estados Unidos. 

A desvalorização do peso argentino, que teve uma queda de 19% em janeiro e incentivou o governo a elevar as taxas de juros, também teria estimulado a redução de vendas, em uma tentativa de “segurar reservas de moeda estrangeira”.
 
Revisão para a soja 
O escritório do USDA em Buenos Aires reduziu a previsão para a produção de soja para 54 milhões de toneladas, refletindo as condições da segunda safra.

“Áreas que não receberam chuva, no oeste e sul da província de Buenos Aires, onde a maior parte da segunda safra de soja foi plantada, pode ter a produtividade prejudicada... Alguns produtores indicam que tudo o que foi plantado naquela região não irá se recuperar”, informou o departamento. 

Esta revisão poderá dar suporte aos preços da soja, após o relatório mensal de oferta e demanda do USDA. Don Roose, presidente da broker US Commodities, baseada em Iowa, afirma que esta poderá ser “a balança mais apertada de oferta e demanda da história para a soja”. 

Informações: Agrimoney

Tradução: Fernanda Bellei

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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