Soja segue em alta e tem leves ganhos em Chicago nesta terça-feira

Publicado em 15/04/2014 07:43

Nesta terça-feira (15), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago registram mais uma sessão positiva, porém, registra ganhos tímidos na manhã de hoje. Os principais vencimentos, por volta das 7h30 (horário de Brasília), subiam entre 1,50 e 6,25 pontos, com o contrato maio/14, o mais negociado nesse momento, valendo US$ 14,82 por bushel. 

A principal base de sustentação para o avanço do mercado ainda se dá com o ajustado quadro de oferta e demanda nos Estados Unidos. Os estoques de soja do país se encontram em níveis críticos e os embarques e exportações norte-americaos continuam acontecendo em um ritmo bastante acelerado. 

No entanto, as sessões do mês de abril na Bolsa de Chicago têm sido marcadas por expressiva volatilidade. Isso se dá, segundo analistas, por conta da alta participação e influência dos fundos e dos financeiros nesse mercado, o que faz com que, sazonalmente, esse seja um mês bastante volátil, com o mercado operando mais de lado, sem oscilações muito fortes. 

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
 
Soja tem dia positivo e fecha segunda-feira com alta de dois dígitos

A soja fechou a sessão desta segunda-feira (14) com forte alta na Bolsa de Chicago. O mercado se voltou aos seus fundamentos e exibiu ainda uma recuperação técnica depois das baixas registradas pelos principais vencimentos na última semana por conta de realizações de lucros. 

O mercado, segundo analistas, confirma a tendência de forte alta para para os preços na CBOT e é reforçada pelo quadro de fundamentos ainda bastante positiva. Segundo Antônio Domiciano da SmartQuant Fundos de Investimentos, explica que o vencimento maio/14, o mais negociado nesse momento, busca atingir os US$ 15,30 e, se consolidando acima desse patamar, deve ter como novo alvo os US$ 16,00. 

Além disso, as análises gráficas indicam também, assim como vinha sendo antecipado por analistas, que o abril deverá ser um mês de forte volatilidade para os grãos, com o mercado operando um pouco mais de lado, sem mostrar uma direção melhor definida e oscilações mais tímidas dos preços, o que também é confirmado por Domiciano. Assim, nesta terça-feira, de acordo com informações dos analistas e consultores de mercado, as cotações da oleaginosa poderiam recuar ligeiramente, com um movimento de correção técnica frente aos expressivos ganhos desta segunda. Afinal, o mercado está, nesse momento, mais sensível à força dos ativos financeiros e dos fundos de investimentos, o que acaba desviando um pouco a atenção dos investidores aos fundamentos positivos.  

"Quando olhamos o mês de abril nos anos anteriores, ocorre sim uma volatilidade. O que podemos esperar para esse ano é que próximo dos US$ 15,20 é um patamar onde haverá uma briga entre compradores e vendedores, com os comprados tentando forçar o rompimento, e os vendedores vendendo para comprar mais baixo. E possivelmente, deveremos ver o mercado brigando por algumas semanas com esse nível de preço", explica. 

Paralelamente, o mercado recebeu ainda nesta segunda-feira os números de embarques semanais dos Estados Unidos e vieram dentro das expectativas do mercado, que variavam de 245 mil a 490 mil toneladas. O volume embarcado de soja dos Estados Unidos na semana encerrada em 11 de abril ficou em 267,939 mil toneladas, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). No acumulado do ano safra, que se encerra somente em 31 de agosto, o total já é de 40.944,918, frente às expectativas de exportações para a temporada 2013/14 de 43 milhões de toneladas. 

O mercado internacional da soja também foi influenciado positivamente pelo mercado do trigo. Os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago fecharam o pregão desta segunda-feira somando ganhos de mais de 18 pontos nos principais vencimentos. O contrato maio/14 do grão fechou valendo US$ 6,78 por bushel, com alta de 18,50 pontos. 

O forte avanço no mercado do trigo se deu, segundo analistas, por conta da tensão criada pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia, uma vez que a safra ucraniana é de extrema importância no cenário global. A preocupação com o mercado é de que a situação no país pudesse interromper o abastecimento da nação, que é o quinto maior exportador mundial do cereal. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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