Soja inicia semana operando em campo misto em Chicago
A semana começa com a soja operando em campo misto nesta segunda-feira (16) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa no curto prazo, por volta das 7h20 (horário de Brasília), registravam ligeiras altas, com o julho de volta aos US$ 14,30 por bushel, enquanto as posições mais longas recuavam, mas com baixas pouco expressivas.
A volatilidade já vinha sendo esperada pelos analistas de mercado para permear os negócios com a soja no mercado internacional. Apesar de ainda contar com fundamentos positivos de oferta e demanda, principalmente para os contratos mais próximos, as expectativas de uma boa safra nos Estados Unidos pressiona os preços nesse momento, e cria uma limitação ao avanço das cotações.
As atuais condições climáticas nos Estados Unidos têm contribuído muito para o bom desenvolvimento das lavouras que, de acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), estão 75% em boas ou excelentes condições. Assim, espera-se uma colheita recorde de mais de 98 milhões de toneladas para a temporada 2014/15.
Esses números serão atualizados nesta segunda-feira, quando o USDA deve divulgar um novo relatório de acompanhamento de safras por volta das 17h (horário de Brasília), após o fechamento do mercado em Chicago. Além desse boletim, mais cedo o departamento norte-americano traz também a atualização dos embarques semanais do ano comercial 2013/14, que já somam mais de 42 milhões de toneladas frente às 43,55 milhões de toneladas estimadas pelo departamento para serem embarcadas em toda a temporada.
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:
Soja tem semana agitada, mas fecha 6ª feira com boas altas
Nesta sexta-feira (13), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam o pregão em alta, refletindo um movimento de correção técnica depois das últimas baixas acumuladas ao longo da semana.
O mercado vem contando com uma forte influência da atuação dos fundos de investimento nos últimos dias, o que acentua as realizações de lucros e liquidações de posições no mercado internacional. Como explicou Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, "a bolsa tem conseguido flutuar de 10 a 20 pontos diariamente, que são níveis que os grandes investidores buscam para garantir lucratividade. Ele força o mercado até o seu suporte e depois os preços voltam".
Afinal, ainda segundo analistas, as cotações se mantém sustentadas no curto prazo pelos fundamentos de oferta e demanda, que permanecem positivos e ainda bastante pertinentes aos negócios. Há uma demanda ainda presente que se depara, frequentemente,
"Os Estados Unidos continuam vendendo o que não tem', diz Brandalizze sobre a atual situação dos Estados Unidos. No país, as vendas para exportação passam de 45 milhões de toneladas. A última estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) paras exportações de toda a temporada 2013/14, no entanto, é de 43,55 milhões de toneladas.
Além desse quadro já conhecido, as grandes expectativas para a nova safra dos Estados Unidos começam a ganhar força com o passar dos dias. O quadro climático no Meio-Oeste norte-americano se mostra bastante favorável e vem contribuindo para o bom desenvolvimento das lavouras, com 75% delas em boas ou excelentes condições nos principais estados produtores.
"O mercado caiu, mas tem se mantido entre US$ 14,20 e US$ 14,30, até por conta desse aperto no mercado americano. No ano passado, a soja também ficou bem firme nesse mesmo período, mesmo com projeções boas de produção, por conta do mercado físico norte-americano. As cotações só começaram a esfriar no meio de julho, quando as fábricas reduziram suas compras, esperando as novas safra, o que também poderia acontecer esse ano", explicou Glauco Monte, consultor de grãos da FCStone.
Assim, Monte acredita que o mercado aguarda, portanto, uma melhor definição da nova safra dos Estados Unidos. Com isso, o comportamento do clima nos Estados Unidos nas próximas semanas. A previsão para os próximos sete dias é de boas chuvas para importantes regiões de produção, melhorando ainda mais o cenário atual. E esse mercado climático deverá acentuar ainda mais a volatilidade no mercado internacional. A última estimativa do USDA é de que os Estados Unidos colham na temporada 2014/15.