Soja recua na CBOT com correção técnica e clima bom nos EUA

Publicado em 20/06/2014 13:02

Os futuros da soja recuam expressivamente na Bolsa de Chicago na sessão regular desta sexta-feira (20). As cotações voltaram a recuar após dois pregões consecutivos de altas e, por volta de US$ 12,30 (horário de Brasília), os primeiros vencimentos perdiam mais de 17 pontos, com o contrato julho correndo, novamente, o risco de perder o patamar dos US$ 14 por bushel. A baixa nas posições mais distantes oscilavam, no mesmo momento, entre 8 e 6 pontos. 

Apesar de fundamentos ainda bastante positivos para os contratos de curto prazo, movimentos técnicos de liquidação de posições por parte de fundos de investimento pressionam o mercado. Com os ganhos recentes e também pelo pouco tempo de vigência do vencimento julho, os investidores optam por realizar seus lucros e acabam pressionando o mercado. 

Além disso, os últimos números divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostraram que as exportações norte-americanas de soja continuam ativas, mesmo diante de um ritmo ligeiramente mais lento nas novas vendas. Na semana que terminou em 12 de junho, os EUA venderam mais 97,9 mil toneladas e elevou o total acumulado no ano comercial a 45.182,2 milhões de toneladas, contra a estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 43,55 milhões de toneladas. 

Paralelamente, o mercado observa uma baixa disponibilidade de oferta também na América do Sul. Refletindo isso, é possível observar prêmios positivos em 68 centavos de dólar para o vencimento agosto sobre o valor praticado para esse contrato em Chicago. 

Já na Argentina, apenas 39% da safra já foi comercializada e os sojicultores optam por não efetivar novas vendas frente às incertezas sobre a economia do país e também sobre o rumo que a moeda local deve ter diante do possível calotr que estás sendo cogitado à nova parcela da dívida da nação sulamericana com os Estados Unidos. 

Clima bom nos Estados Unidos

Outro fator de pressão para os preços é a situação climática nos Estados Unidos. Após consecutivas safras sofrendo com problemas climáticos, os produtores norte-americanos contam, até esse momento, com um quadro que, segundo analistas, beira a perfeição para o desenvolvimento das novas lavouras da safra 2014/15. 

O plantio da soja está praticamente concluído nos EUA e, até agora, os campos vêm recebendo chuvas bem distribuídas e em bons volumes, além de temperaturas adequadas. As últimas previsões indicam que, nos próximos 15 dias, deverá haver a manutenção desse cenário e o desenvolvimento das plantações deve acontecer de forma bastante favorável. 

"As expectativas hoje são de uma safra recorde para os Estados Unidos e, caso isso se confirme, o mercado deve começar a se comportar de forma mais baixista", acredita Bruno Nascimento, analista de mercado da NewAgro Commodities. "O mercado chegou a romper a barreira dos US$ 14, voltou, tem esboçado uma reação, mas não tem força para voltar a alguns patamares bem positivos que tivemos nas últimas semanas", completa. 

No entanto, Nascimento lembra ainda que é preciso acompanhar com atenção o comportamento do clima no Meio-Oeste americano já que, nas próximas semanas, as lavouras entram em fases onde as boas condições de clima são determinantes para que essas projeções de uma safra recorde no país - de mais de 98 milhões de toneladas - para se concretizarem. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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