Soja opera sem direção nesta quarta após início de semana agitado
O mercado internacional da soja confirma o intenso momento de volatilidade pelo qual passa e, nesta quarta-feira (6), após uma sessão de boas altas seguida de uma de expressiva queda, os futuros da oleaginosa trabalham em campo misto, com pequenas altas para os vencimentos mais próximos e ligeira baixa para os mais distantes.
A disputa entre a força da demanda e as expectativas de um substancial aumento da oferta deixa o mercado instável na Bolsa de Chicago. Além disso, os negócios contam ainda com a forte influência do mercado financeiro e a presença maciça dos fundos de investimento, o que intensifica as especulações e permite um movimento ainda mais amplo das cotações pelos dois lados da tabela.
"O clima está sendo muito favorável para soja e milho nos Estados Unidos e, do outro lado, temos uma forte ação do mercado financeiro. Eles deixam o mercado subir de 20 a 25 pontos, depois liquidam parte de suas posições e o mercado cai de 10 a 15 pontos", explica o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Com boas perspectivas para os EUA, soja fecha o dia em queda na CBOT
As novas previsões indicando a continuidade do clima favorável no Meio-Oeste norte-americano pressionou as cotações da soja mais uma vez na Bolsa de Chicago e o mercado fechou a sessão regular desta terça-feira (5) com baixas de dois dígitos nos principais vencimentos. As baixas variaram de 9,75 a 13,75 pontos e o contrato novembro, referência para a safra norte-americana, encerrou o dia valendo US$ 10,65 por bushel.
O sentimento do mercado, por hora, é de que as chuvas que estão previstas para os próximos dias, principalmente nos próximos dias 7 e 8 no Corn Belt, irão contribuir para a qualidade e desenvolvimento das lavouras e amenizar os pequenos problemas causados em regiões pontuais que sofreram com um tempo mais seco nos últimos dias.
No relatório do Commodity Weather Group desta terça-feira, a informação é de que essas precipitações deverão favorecer a formação de vagens nesse novo estágio das plantações, bem como o enchimento de grãos, fases onde se consolida a produtividade norte-americana. Além disso, temperaturas mais amenas vêm sendo registradas nesse ano e isso complementa o quadro climático positivo.
Frente a isso, nesta terça, a consultoria Informa Economics aumentou sua estimativa para a safra norte-americana para 105,19 milhões de toneladas, contra a última projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 103,42 milhões de toneladas.
O novo relatório de oferta e demanda do departamento norte-americano será reportado no dia 12 de agosto e o mercado, mais uma vez, aguarda as informações com ansiedade e com os investidores buscando um melhor posicionamento antes da divulgação dos números. "Isso é normal para esse momento (onde os preços estão muito sensíveis às notícias sobre o clima nos EUA, o desenvolvimento da safra e também sobre a demanda). Há um volume muito grande de informações no mercado e, por isso, muita volatilidade é esperada para os próximos dias", explicou o consultor em agronegócio Ênio Fernandes.
Mercado Interno - No mercado interno, as cotações foram favorecidas pela alta do dólar, que acabou amenizando as baixas registradas em Chicago. A moeda norte-americana fechou a terça-feira com alta de 0,92% em R$ 2,2830 na venda. Dessa forma, nos portos de Rio Grande e Paranaguá ficaram estáveis em R$ 66,00 por saca. Já a soja com entrega para maio de 2015 caiu 0,83 no terminal paranaense e ficou em R$ 60,00, e no gaúcho a queda foi de 0,82%, com o valor de R$ 60,50.
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