Soja: China atrasa aprovação de variedade transgênica de olho na opinião pública

Publicado em 29/09/2014 10:04

A China suspendeu o processo de aprovação de importações de algumas variedades geneticamente modificadas. Segundo fontes ligadas ao assunto informaram à agência de notícias Reuters, a suspensão foi justificada pelo "baixa aceitação pública" de alimentos transgênicos. 

Ainda de acordo com as fontes, que se negaram a identificar a variedade envolvida no caso, essa é a primeira vez que o Ministério da Agricultura do país cita a opinião pública como razão para atrasar a aprovação de uma variedade geneticamente modificada. 

Essa decisão poderia fomentar uma maior preocupação no agronegócio de um ambiente mais complexo para os grãos transgênicos na nação asiática. 

"Antes, se o Ministério decidia por não aprovar um novo produto era em função da falta de dados científicos suficientes, mas, este ano, a razção é que o governo está levando em consideração a aceitação social", disse um executivo ligado à indústria local. 

Atualmente, a China responde por 60% do comércio mundial de soja. E o país permite, hoje, a importação de oito variedades geneticamente modificadas de soja e 15 de milho, as quais são utilizadas, em sua maior parte, na produção de ração. 

A nação asiática, recentemente, rejeitou quase 1 milhão de toneladas de milho norte-americano transgênico por conter traços da variedade MIR 162, ainda não aprovada no país. 

Segundo a primeira avaliação do consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, essa determinação do governo chinês não deve trazer significativo impacto à demanda ou ao mercado internacional. 

Além disso, Brandalizze explica ainda que essa é uma prática comum dos chineses nesse período de entrada da nova safra norte-americana e que já se repetiu nos últimos quatro ou cinco anos. 

O Notícias Agrícolas continua acompanhando o desenvolvimento do caso e atualiza as informações ao longo do dia. 

Com informações da agência internacional Reuters. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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