Soja registra um novo dia de altas na CBOT nesta 6ª feira, mas mantém estabilidade

Publicado em 07/11/2014 09:44

Nesta sexta-feira (7), os preços da soja registram mais um dia positivo na Bolsa de Chicago e, por volta das 10h20 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam pouco mais de 3 pontos. Assim, o contrato maio/15, referência para a safra brasileira, era cotado a US$ 10,43 por bushel. 

Segundo analistas, os bons números e expectativas sobre a demanda têm sido um importante fator de suporte para as cotações em Chicago, ou têm, ao menos, limitado os movimentos de baixa no mercado futuro americano. 

No relatório semanal de vendas para exportação divulgado ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), as vendas de soja vieram em mais de 1,6 milhão de toneladas e, no acumulado do ano, o total já comprometido das 46,27 milhões de toneladas a serem exportadas na temporada 2014/15 foi elevado a 80%. 

Acompanhando as altas do grão, o farelo de soja também tem um dia de ligeiros ganhos na CBOT, e o mercado busca manter sua estabilidade, o mesmo que acontece no caso da matéria-prima, depois da semana agitada e com os investidores buscando um bom posicionamento nessa última sessão.

Na próxima semana, na segunda-feira (10), o USDA traz um novo boletim mensal de oferta e demanda - com a safra de soja do país chegando a mais de 108 milhões de toneladas, segundo expectativas do mercado -, a atualização de seu boletim de acompanhamento de safras com a evolução da colheita e também o número dos embarques semanais do país. E à espera de todas essas informações, o mercado procura trabalhar na defensiva, acomodando os preços e se posicionando. 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja alia forte alta do dólar à ganhos na CBOT e bate R$ 64,50 em Rio Grande

Na sessão desta quinta-feira (6) da Bolsa de Chicago, os futuros da soja conseguiram encerrar o dia em campo positivo após uma sessão de volatilidade. Os bons números da demanda divulgados hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e mais um pregão de altas para o farelo de soja, que fechou com altas de dois dígitos nas duas primeiras posições, conferiram mais ganhos para o mercado, segundo explicou o editor sênior do site norte-americano Farm Futures, Bryce Knorr. 

No Brasil, aliando as altas em Chicago e o impressionante avanço do dólar de mais de 1,5% com a moeda chegando a R$ 2,55, os preços também dispararam nos portos. Em Paranaguá, a soja com entrega para maio/15 fechou a quinta-feira a R$ 63,00, com ganho de 1,61%, enquanto em Rio Grande, as cotações tanto para a soja disponível quanto para futura subiram a R$ 64,50, apresentando uma elevação de 1,90%.

Os principais vencimentos fecharam o dia com altas entre 6,50 e 8,75 pontos de alta estimulados, entre outros fatores, pelos dados do boletim semanal de vendas para exportação dos EUA trazido pelo departamento agrícola norte-americano. As vendas de soja em grão na semana que terminou em 30 de outubro ficaram em 1.609,8 milhão de toneladas, contra 1,326 milhão da semana anterior. Além de ter aumentado em uma semana, o volume ficou acima ainda das expectativas do mercado, que apostavam em algo próximo de 1 milhão de toneladas. 

Paralelamente, há ainda projeções de que as importações de soja da China disparem 38% em novemvbro e diretores de multinacionais do comércio internacional de grãos apostando nessa força da demanda e, principalmente, em um suporte para as cotações dos grãos. Outro fator que tem ajudado os preços da soja é o momento favorável do farelo de soja e, consequentemente, dos setores de ração e carnes. 

"As exportações reportadas nesta quinta-feira vieram muito melhor do que esperávamos. Temos visto um movimento comprador bastante agressivo por parte da China, há muita demanda por aí", disse Knorr. 

O editor do Farm Futures afirmou ainda que as indústrias processadoras de soja americanas estão em uma corrida para atender a demanda, principalmente do setor de rações que está muito aquecido, uma vez que os preços das carnes têm batido recordes em todo o mundo e a demanda por proteína animal está cada vez maior. 

"No curto prazo, os estoques ainda estão muito apertados. As plantas (processadoras de soja) não estão conseguindo alcançar a demanda. Se você é um consumidor final, tanto tentando conseguir soja quanto tentando embarcar farelo, ou até mesmo sendo um comprador do setor de rações, você vai ter que cobrir o risco de alguma forma", relata o editor. 

De outro lado, pressionam as cotações o bom andamento da colheita noa Estados Unidos, que já se encaminha para a fase final, e as condições climática favoráveis para os trabalhos de campo agora e para as próximas semanas. Além disso, na próxima segunda-feira (10), o USDA traz seu novo relatório mensal de oferta e demanda e as expectativas são de aumento da safra norte-americana para algo próximo de 108 milhões de toneladas. 

Além disso, ainda de acordo com analistas, o mercado se comporta de forma bastante técnica, respeitando os novos suportes e resistências assumidos pelos preços depois das expressivas quedas já registradas nessa semana. Para Vlamir Brandalizze, a soja tem agora um suporte nos US$ 10,00 e uma resistência nos US$ 10,30 por bushel, porém, com uma clara tendência de preços sustentados pela força da demanda. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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