Em pregão de estabilidade e semana de USDA, soja tenta se manter em campo positivo na CBOT
Na sessão desta segunda-feira (8), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem operando com pouca movimentação, próximos da estabilidade e testando os dois lados da tabela. Assim, depois de registrar algumas leves altas, o mercado, por volta das 13h15 (horário de Brasília), trabalhava com pequenas baixas de pouco mais de 2 pontos nos principais vencimentos.
Segundo analistas, o mercado deve seguir se movimentando com pouca expressão nessa semana, até que seja divulgado o novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os números - que, ainda de acordo com os analistas, podem trazer uma redução nos estoques e um aumento no quadro de demanda - devem mexer com o andamento dos preços, mesmo os boletins de dezembro sendo, tradicionalmente, mais conservadores.
Além disso, o mercado se mostra mais calmo também depois da forte alta registrada pelo mercado da soja na última sexta-feira (5), quando os preços retomaram seu fôlego e fecharam o dia com ganhos de quase 30 pontos. O mercado se focou nos números vindos da demanda, principalmente com o anúncio de novas vendas de produto da safra 2014/15 e dos dados sobre o ritmo de vendas e embarques norte-americanos. Hoje, o USDA trouxe um novo reporte, nesse caso de 130 mil toneladas de soja em grão para a Espanha.
Para o analista de mercado Stefan Tomkiw, da Jefferies Corretora, de Nova York, o USDA poderá trazer, em seu relatório do próximo dia 10, uma revisão em algumas de suas projeções para aproximá-las do cenário atual. Sobre os estoques, o analista aposta em uma redução de 12,25 milhões para algo próximo de 10,89 milhões de tonelas e, em contrapartida, um aumento de 820 mil toneladas nas exportações e de 540 mil no esmagamento doméstico.
Ainda nesta segunda-feira e ainda sobre a demanda, a Administração Geral das Alfândegas da China informou que, em novembro, as importações de soja do país foram 47,1% maiores do que as de outubro e somaram 6,03 milhões de toneladas. O motivo, segundo apurou a agência de notícias Reuters, foi o aumento das compras por parte dos processadores locais para atender o pico da demanda sazonal.
"Os preços dos EUA estão muito baixos, o que tem estimulado muita importações. Além disso, as unidades (chinesas) de soja aumentam o esmagamento durante esta época do ano", disse o analista Li Lifeng, no portal da indústria (www.cofeed.com), ainda de acordo com informações da agência Reuters.