Soja: Com pouca alteração em Chicago e dólar em baixa, preços voltam a recuar nos portos

Publicado em 14/05/2015 17:36

Na sessão desta quinta-feira (14), o mercado internacional da soja fechou o dia sem uma direção bem definida. Os preços trabalharam durante todo o dia testando os dois lados da tabela para encerrar os negócios com 0,25 ponto de baixa no contrato julho/15 e 1,50 de alta no setembro/15, que fechou com US$ 9,40 por bushel. 

O mercado vem observando os preços caminhando de lado com notícias diferentes influenciando as posições mais negociadas e aumentando a diferença entre elas, o chamado spread. Essas notícias, porém, não trazem novidades efetivas e, por isso, os últimos pregões vêm terminando com oscilações mais limitadas. 

Soja CME - 14.05.2015

Gráfico mostra os altos e baixos da sessão desta quinta (14) - Fonte: CME
 

Paralelamente, no Brasil, o dólar voltou a recuar frente ao real, e perdendo, novamente, o patamar dos R$ 3,00. A moeda norte-americana perdeu mais de 1% e encerrou com R$ 2,9927 na venda, voltando a pesar sobre a formação das cotações no Brasil. Assim, a pouca movimentação dos preços em Chicago não contribuiu. 

No porto de Rio Grande, a soja disponível fechou o dia com baixa de 0,74% para R$ 67,50 por saca, enquanto o produto futuro, entrega maio/16, ficou em R$ 71,90. Já em Paranaguá, a queda para a soja para maio/15 foi de 0,45% para o valor ficar em R$ 66,50. No interior do país, o destaque ficou por conta da praça de Jataí/GO, onde o preço caiu 2,32% para terminar em R$ 54,70. 

E dessa forma, segundo explicam analistas, a comercialização do que ainda restra da safra brasileira 2014/15, algo entre 30 e 35% - acaba voltando a ficar menos intensa, com os negócios acontecendo de forma mais localizada e travada, a medida em que os preços voltam a se mostrar menos atrativos para o sojicultor. 

"O mercado, que retomava certo volume de negociações, volta a ficar travado em face da queda dos preços e consequente retração dos produtores", explica Camilo Motter, analista de mercado e economista da Granoeste Corretora de Cereais. 

Bolsa de Chicago - Soja e Trigo

Na Bolsa de Chicago, além das movimentação técnica do mercado por conta da falta de novidades, as cotações encontraram suporte na disparada dos preços do trigo na sessão desta quinta-feira. Os futuros do cereal terminaram o pregão com altas de 20,75 e 33 pontos entre os principais vencimentos. 

Os ganhos foram justificados pelo analista de mercado Bob Burgdorfer, editor do site norte-americano Farm Futures, por um movimento de cobertura de posições, pelo excesso de chuvas nas Grandes Planícies dos EUA, pela definição de preços mais altos para o trigo na Rússia, além da baixa do dólar no mercado internacional para a mínima em quatro anos. 

"Os traders estao focados no clima e chuvas continuam caindo nas Planícies, com tempestades severas podendo chegar ao Texas no sábado e se estendendo até a fronteira com o Canadá. Enquanto o trigo de inverno pode ser favorecido pelas chuvas, há rumores de que essas condições climáticas poderiam comprometer os trabalhos com a colheita", explica Bob Burgdorfer. 

USDA - Vendas Semanais

As vendas norte-americanas de soja somaram, na semana que terminou em 7 de maio, 225,4 mil toneladas, contra 689,1 mil da semana anterior. O número, porém, ficou abaixo das expectativas do mercado de 550 mil toneladas. Foram 136,6 mil toneladas da safra 2014/15 e mais 88 mil da temporada nova. 

No acumulado do ano, portanto, o total é de 49.636,4 milhões de toneladas, contra a última projeção  do USDA de 48,99 milhões de toneladas para as exportações totais da safra 2014/15. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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