Paraguai e Argentina vivem situações distintas para a safra de soja
Enquanto o Paraguai celebra um novo recorde na colheita de soja, com quase 10 milhões de toneladas e espera uma boa qualidade em seus grãos, a Argentina lamenta as limitações na safra por conta dos efeitos das secas e das inundações.
O engenheiro agrônomo Luis Cubilla, técnico da Câmara Paraguaia de Exportadores e Comercializadores de Cereais e Oleaginosas (Capeco), disse que a produção de soja paraguaia chegará a um recorde com 10 milhões de toneladas. "A produção de soja em 2017 vai ser melhor que qualquer outro ano em volume de colheita e qualidade", disse.
A colheita de soja no país já começou, mesmo que ainda em pequenas partes que não representam nem 1% dos 3,3 milhões de hectares plantados na presente safra. As outras áreas deverão dar início em cerca de 10 dias.
"Vamos ter uma boa colheita e, segundo as observações e comunicados das várias zonas, poderemos cumprir o sonho do setor, de superar as 50 sacas por hectare", indicou.
Enquanto isso, a Argentina sofre com o clima que assola a agricultura. Seca e inundações, juntas, afetam o plantio de soja e de milho, com uma estimativa de perdas que chega até 800 mil hectares.
Federico Bert, diretor do CREA Argentina, disse ao jornal Clarín que "esses [próximos] dias mudam a história porque é a última chance para plantar e já é difícil que haja uma safra recorde de soja".
Além das inundações, que vêm sendo a maior preocupação, o sul de Buenos Aires segue ameaçado pelo fogo, que já danificou 200.000 hectares na província.
O Ministério da Agroindústria da Argentina diminuiu as estimativas de colheita de soja 2016/17 de 56 para 55 milhões de toneladas, 6,4% a menos do que os 58 milhões no ano passado. No entanto, alguns analistas, como Pablo Adreani, da AgriPAC, estimam até mesmo uma safra de 50 milhões de toneladas para o país.
Tradução: Izadora Pimenta
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