Sudeste de Buenos Aires, na Argentina, tem estresse considerável na soja e no milho
O milho e a soja sofreram importantes "níveis de estresse hídrico consideráveis" no sudeste de Buenos Aires, na Argentina, onde metade do verão foi de chuvas "muito abaixo da média histórica", de acordo com um levantamento realizado pela estação Balcarce do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) do país.
"O cultivo de milho, para o sudeste da província de Buenos Aires, sofreu, em alguns casos, níveis de estresse importantes. Esse foi o cenário hídrico que marcou o ritmo dessa safra", disse o engenheiro agrônomo Aníbal Cerrudo ao jornal La Capital de Mar del Plata.
O técnico comentou que o milho plantado em datas mais precoces - primeira quinzena de outubro - transitou todo o seu período crítico de floração sob um nível de estresse significativo.
No caso de plantios tardios de milho, o estado do cultivo estaria melhor. Esses estariam chegando à floração nos próximos dias, com maior oferta de água e menor demanda atmosférica.
Soja
A soja de primeira etapa teve um estresse importante em etapas vegetativas, mas nas etapas reprodutivas a situação, até então, está sendo favorável, com probabilidades de alcançar uma boa quantidade de vagens e grãos por vagem.
Para a soja de segunda etapa, o tema é mais complicado. O cultivo teve que se estabelecer sobre um solo de plantio de inverno que estava extremamente seco, dependendo agora da evolução das chuvas, da temperatura e da data da primeira geada.
Tradução: Izadora Pimenta