Soja: Futuros na CBOT operam próxima a estabilidade nesta 6ª feira, por Miguel Biegai da OTCex

Contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago operam próximos da estabilidade nesta sexta-feira, 02 de junho. O contrato driver (julho/17) trabalha com ganho quase mínimo de 0,5 centavo (meio centavo) por bushel, estando cotado a US$ 912,75 cents/bushel no momento em que escrevo esse relatório (06:45 da manhã no Brasil). 

O pregão noturno foi de pouca movimentação, com máxima de US$ 916,75 c/bushel e mínima de US$ 910,75, com apenas 7 mil contratos negociados até agora. Ou seja, baixa volatilidade e reduzido volume de negócios. 

A soja até tentou se recuperar no pregão de ontem, chegando a operar com 5 centavos de alta, mas não resistiu ao movimento vendedor de fundos, que entraram vendendo contratos diante da sistemática e gradual melhoria dos mapas climáticos para os próximos dias, tanto no que se refere a temperaturas, como também em relação ao regime de chuvas nas principais regiões produtoras. Além disso, o dólar reagiu novamente em relação ao real ao longo do dia. A moeda norte-americana chegou a recuar para R$ 3,2160 o que estava dando um pouco de suporte para a soja na Bolsa de Chicago, mas voltou a subir para patamares próximos de R$ 3,25 deixando a soja brasileira mais competitiva em relação à americana, e obrigando o corte dos preços futuros. 

Graficamente, estamos claramente dentro de um canal de tendência de baixa, com um aparente, mas não muito convincente suporte na casa dos US$ 910,00. Um indicador usado pelo mercado (IFR - Indice de Força Relativa) está beirando em 20 (23,6 neste momento), o que sugere que o mercado está bem vendido, e talvez precise de uma correção, antes de iniciar novas baixas. Quando o IFR está em 80, é porque o mercado está muito comprado. 

Na operação de compra de call spread contra venda de put sugerida na quarta-feira, houve possibilidade de realização de um leve lucro ontem, Mas no caso de perda dos US$ 910,00 hoje, a operação tem que ser desmontada, com um leve prejuízo ou no “even money” (sem perda e nem ganho), se possível.