Diante das preocupações com o clima na Argentina, soja sobe mais de 1,5% na CBOT nesta 3ª feira

Publicado em 06/02/2018 17:03

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O pregão desta terça-feira (6) foi positivo aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da oleaginosa ampliaram os ganhos ao longo do dia e encerraram a sessão com altas de mais de 16 pontos. Os vencimentos registraram valorização de mais de 1,5%.

O vencimento março/18 era cotado a US$ 9,86 por bushel e o maio/18 operava a US$ 9,97 por bushel. As posições mais longas retomaram o patamar de US$ 10,00 por bushel, com o julho/18 a US$ 10,07 por bushel.

"Com o clima seco ocorrendo na Argentina, colocando mais pressão sobre a cultura no país, o mercado internacional responde positivamente", ressaltou o Agriculture.com.

As previsões climáticas ainda indicam a continuidade do clima seco ao longo da semana nas principais regiões de produção no país. Porém, os modelos climáticos já indicam precipitações a partir da próxima semana na Argentina.

"Mas se as chuvas não chegarem, a safra poderia sofrer os efeitos e cair para 40 milhões de toneladas de soja nesta temporada", disse Eduardo Sierra, o principal assessor climático da Bolsa de Cereais de Buenos Aires.

Em sua última projeção, a entidade estimou a produção de soja em 51 milhões de toneladas neste ciclo.

CBOT volta agressiva, por AGResources, direto de Chicago

O Mercado da soja reagiu positivamente e com agressividade na sessão desta terça. A reação é originária de uma constante pressão que o Índice Dow Jones vem sofrendo nos últimos dias e a volta da expansão da seca na Argentina, nos próximos 15 dias.

Os mapas climáticos, que anteriormente traziam a chegada de chuvas sobre o Nordeste do país e a possível progressão destas precipitações em direção ao Centro e Leste argentino, agora retraem e concentram as rodadas pluviométricos sobre o Norte e Nordeste.

Além do mais, a especulação se concentra nos relatórios de safra que serão publicados nesta semana.

O USDA divulga seus novos números nesta próxima quinta-feira, 8.

Historicamente, nenhuma grande mudança é observada nos relatórios de fevereiro do Departamento de Agricultura do EUA.

Operadores do Mercado estarão atentos às variações das estimativas da safra na América do Sul.

A ARC espera uma reação sucinta pós-USDA, com o foco do Mercado voltando para as variações climáticas na Argentina e exportações nos EUA.

Clima na América do Sul

Os modelos de previsões meteorológicas atualizados hoje trazem a con firmação de chuvas dispersas sobre a Argentina, nestes próximos 5 dias.

Regiões do Centro-Norte argentino possuem índices pluviométricos de +25mm projetados até o dia 11 de fevereiro.

No entanto, as regiões beneficiadas não cobrem grande parte do país, nem mesmo das regiões mais afetadas pela falta de chuvas em janeiro.

As províncias de Buenos Aires e La Pampa não possuem previsões otimistas, com pequenas áreas ao norte sendo regadas com 6-13mm acumulados em 5 dias. Além do mais, as temperaturas continuam mais quentes que o normal para quase toda a Argentina.

No Brasil, as precipitações voltam gradativamente para a região Sul, ainda com totais pluviométricos pesados sendo previstos para todo o Mato Grosso, Goiás e MATOPIBA, neste mesmo período

Leia mais:

>> Se Argentina não receber chuvas, safra de soja pode ser de 40 mi t, diz climatologista

Mercado interno

A terça-feira foi de ligeiras valorizações aos preços da soja praticados no mercado doméstico. De acordo com levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a cotação subiu 2,10% em Ubiratã (PR), com a saca a R$ 63,30. Na região de Sorriso (MT), o ganho foi de 3,77%, com a saca a R$ 55,00.

Em Cascavel (PR), a saca subiu 1,61% e terminou o dia a R$ 63,00. Já em Rio Verde (GO), a valorização foi de 1,72%, com a saca a R$ 59,00. Em Assis (SP), a alta foi de 0,95%, com a saca de soja a R$ 63,80.

Nos portos brasileiros o dia também foi positivo. Em Paranaguá, a saca disponível subiu 0,69% e encerrou a terça-feira a R$ 72,50. No terminal de Rio Grande, o valor disponível apresentou alta de 1,39%, com a saca a R$ 73,00. O valor futuro ficou em R$ 74,20, com ganho de 1,37%.

O foco dos participantes do mercado segue no andamento da colheita da soja no país. E o clima contribuiu para o avanço dos trabalhos nos campos em muitas regiões produtoras na segunda quinzena de janeiro, conforme reportou o Cepea.

"Fator que fez com que os preços recuassem. A queda nos preços domésticos se deve também à desvalorização do dólar frente ao real, cenário que retraiu os produtores e limitou as exportações. Os negócios ainda seguem pontuais", informou a entidade em nota.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2461 na venda, com queda de 0,03%. Depois de subir quase 1% no início do pregão, o câmbio perdeu fôlego influenciado pela recuperação das bolsas norte-americanas depois da queda no di anterior em meio à perspectiva de maior aperto monetário nos Estados Unidos.

Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:

>> SOJA

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas/AGResources

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