Chuva compromete qualidade dos grãos em Mato Grosso

Publicado em 21/02/2018 16:51

Áreas de instabilidade continuam ativas e há risco de chuva forte sobre grande parte do extremo norte do Mato Grosso. Essas chuvas têm afetado consideravelmente as lavouras de soja da região, uma vez que impossibilitam a entrada das colheitadeiras no campo. Com isso, diversas lavouras já apresentam altos percentuais de grãos em estagio avançado de apodrecimento e de germinação. Ainda há previsão de mais chuva para os próximos dias, o que deverá agravar ainda mais as condições das lavouras.

Já em todo o restante do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e norte do Mato Grosso do Sul, o dia também amanheceu com céu fechado e com incidência de vários pontos de chuva, entretanto, as áreas de instabilidade associadas à passagem de uma frente fria pela costa do Sudeste, já estão perdendo força durante o dia. Com isso, a partir desta quinta-feira o tempo voltará a ter apenas chuvas diárias, mas sempre na forma de pancadas, o que possibilita a entrada das maquinas no campo. O grande problema das chuvas no final de fevereiro não é para as lavouras de soja e sim, para o milho. Com as chuvas frequentes, mesmo que na forma de pancadas, o plantio do milho segunda safra fica mais “custoso”, o que poderá provocar um atraso na finalização do plantio e, pior, uma redução da área a ser cultivada nesse ano.

No Sudeste, após um inicio de semana com chuvas generalizadas e em bons volumes, o tempo começa a abrir em boa parte de São Paulo e com isso, há previsão apenas de eventuais pancadas de chuvas, principalmente no período da tarde, devido ao aumento da temperatura e os altos índices de umidade relativa do ar. Somente em Minas Gerais é que há previsão de chuvas mais generalizadas durante essa quarta e quinta-feira, pois já a partir da sexta-feira as chuvas voltam na forma de pancadas diárias de final de tarde e noite. Com isso, os produtores conseguirão retornar as atividades de campo, bem como os níveis de umidade do solo continuarão altos, favorecendo o desenvolvimento das lavouras.

No Sul, a quarta-feira amanheceu com céu aberto, poucas nuvens e possibilidades apenas de eventuais pancadas de chuvas sobre a região. Entretanto, como voltou a chover nesses últimos dias, os níveis de umidade do solo estão bons, na grande maioria das regiões produtoras. Isso mantém as condições favoráveis ao desenvolvimento das lavouras e, principalmente a realização dos tratos culturais. A tendência é que esse tempo aberto e sem chuvas se mantenha assim, até meados da semana que vem, quando novamente voltará a chover. Ou seja, toda a região Sul, incluindo os estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul terão os próximos cinco a sete dias de tempo aberto e sem previsão de chuva generalizada, o que não trará nenhuma consequência negativa ao desenvolvimento das lavouras.

No Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e Pará, a previsão é de pancadas de chuva ao longo desses próximos dias. De um lado, isso manterá as condições extremamente favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, pois os solos ficarão com bons níveis de umidade, mas por outro, poderá atrapalhar a plena realização dos trabalhos de campo. Mas essas chuvas estão sendo muito mais benéficas do que prejudiciais nesse momento. E como há uma tendência de que esse padrão meteorológico se mantenha inalterado ao longo dessas próximas duas semanas, a tendência é que as condições se mantenham favoráveis tanto ao desenvolvimento das lavouras quanto aos trabalhos de campo.

Argentina

Na Argentina, houve registros de chuva em vários pontos das principais regiões produtoras nesses últimos quatro dias, porém, os volumes ocorridos ainda foram abaixo da média, o que mantém um mercado ainda muito apreensivo em relação ao futuro da produção. Como não há previsões de chuvas generalizadas para os próximos sete dias, a tendência é que ainda as condições se mantenham desfavoráveis ao pleno desenvolvimento das lavouras. Apesar de que as chuvas ocorridas já ajudaram, mesmo que parcialmente, no desenvolvimento das lavouras de soja e milho. Mas ainda há a necessidade de que venham ocorrer mais chuvas, e generalizadas, nesses próximos 10 dias, para que realmente as condições se estabilizem – algo que não deverá acontecer.

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Fonte:
Climatempo

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