Soja fecha a 2ª feira com leves altas em Chicago com bons embarques e busca por recuperação

Publicado em 12/03/2018 17:18

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Com a mesma estabilidade que iniciou o dia, a soja fechou seus negóciosn na Bolsa de Chicago no pregão desta segunda-feira (12), porém, terminou o dia do lado positivo da tabela. As posições mais negociadas subiram entre 1,75 e 3 pontos, com o maio/18 voltando aos US$ 10,41 por bushel. Os contratos mais distantes permanecem acima dos US$ 10,50. 

Os futuros da oleaginosa, porém, recuperaram apenas parte das baixas acumuladas na semana anterior, de quase 3% nos principais contratos. "Isso foi suficiente para promover a busca por algumas barganhas e cobertura de posições nesta segunda", diz o analista do portal norte-americano Farm Futures, Ben Potter. 

Além disso, o executivo atribui essa leve recuperação das cotações também aos bons números dos embarques semanais norte-americanos reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta segunda-feira. 

Na semana encerrada em 8 de março, os EUA embarcaram 910,237 mil toneladas de soja, enquanto o mercado esperva algo entre 680 mil e 980 mil toneladas. O volume é, porém, menor do que o registrado na semana anterior, de mais de 1 milhão de toneladas. No acumulado, os embarques de soja dos EUA são de 39.704,734 milhões de toneladas, contra mais de 45 milhões do ano passado, nesse mesmo período. 

EUA x China

Ainda pressionando as cotações segue as especulações sobre os impactos que podem ser sentidos pelo mercado da soja da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Mais cedo, sentindo a pressão desses rumores o mercado chegou a bater em suas mínimas em quase três semanas, segundo explicam analistas internacionais. 

Os traders afirmam que se mostra mais vívida e intensa a possibilidade de uma retaliação com a soja por parte da China, o que poderia esfriar a demanda da nação asiática pela oleaginosa norte-americana. A opinião, porém, não é comum entre todos os analistas. 

Para o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa, essa pode ser uma situação pontual e que derrubaria as cotaçoes de forma significativa na Bolsa de Chicago. Entretanto, lembra que os chineses conhecem a necessidade de sua demanda, além de serem comedidos e, para impor uma retaliação como esssa levariam tempo. 

Veja, no link abaixo, sua entrevista ao Notícias Agrícolas nesta segunda-feira:

>> Soja como pivô da retaliação da China contra EUA pode promover uma queda muito forte nos preços internacionais

O temor de associações e demais insituições americanas ligadas ao comércio da oleaginosa já vêm de algum tempo, desde que começaram a circular os boatos de uma guerra comercial entre os dois países. A China é responsável, afinal, por mais de um terço das exportações dos EUA e uma retaliação efetiva poderia comprometer severamente essa relação, trazendo ainda mais ajuste ao setor agrícola norte-americano. 

Saiba mais:

>> Soja é primeiro alvo de retaliação da China aos EUA, dizem autoridades chinesas 

Clima na Argentina

Mesmo que com menos peso neste momento, as condições climáticas na Argentina também seguem no radar dos traders. O final de semana ainda foi de tempo seco e quente na maior parte das regiões produtoras do país. 

Segundo o Commodity Weather Group, as chuvas foram muito localizadas, limitadas a menos da metade do cinturão produtor de soja e milho do país. E esse ainda deverá ser o cenário pelos próximos 10 dias. 

De acordo com o grupo, as chuvas que aparecem em alguns modelos climáticos no intervalo dos próximos 11 a 15 dias não "trazem muita confiança" e, de qualquer forma, estariam muito atrasadas para as lavouras. "Chuvas poderiam limitar algumas perdas mais tardias na soja e no milho, mas as perdas de produtividade até este momento são severas e irreversíevis", diz o CWG. 

Preços no Brasil

Ao lado de um pregão tranquilo para as cotações na Bolsa de Chicago, o mercado da soja no Brasil também não teve um dia de movimentações muito intensas, e registrando variações apenas pontuais. 

A leve alta do dólar nesta segunda-feira também exerceu efeito limitado sobre a formação dos preços no mercado doméstico. A moeda americana encerrou o dia com R$ 3,2580 e subindo 0,05%. 

Leia mais:

>> Dólar termina com leve alta ante real acompanhando exterior

Nos portos, as cotações recuaram. A soja disponível fechou com R$ 79,00 por saca, caindo 0,50% em Paranaguá, enquanto em Rio Grande foi a R$ 77,50, recuando 1,77%. Já as referências para maio/18 foram a, respectivamente, R$ 79,00 e R$ 78,00, com perdas de 1,86% e 2,13%. 

Já no interior, algumas praças trabalharam com algumas altas, como no Oeste da Bahia, onde o preço foi a R$ 64,50 por saca, subindo 0,39%. Já em pontos de Mato Grosso, algumas baixas de até 2% foram registradas, como em Alto Garças e Itiquira. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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