Soja: Mercado em Chicago tem dia de retomada técnica e fecha com mais de 1,5% de alta nesta 2ª

Publicado em 16/07/2018 17:49

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O mercado da soja na Bolsa de Chicago encerrou o pregão desta segunda-feira (16) com altas de mais de 1,5% ou superando os 10,75 pontos nos contratos mais negociados em um dia bastante técnico para os negócios. Dessa forma, o agosto/18 fechou com US$ 8,29 e o novembro/18, que é a posição mais negociada neste momento, concluiu a sessão com US$ 8,45 por bushel. 

Os preços vieram buscando recuperar algum terreno depois de, no final da última semana, registrar seus menores patamares em 10 anos, e de se mostrar muito sobrevendido. Dessa forma, mais barata, a soja norte-americana os compradores e os investidores, principalmente, à ponta compradora do mercado, retomando parte de suas posições. 

Entretanto, como explicou o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo de Sousa, não se trata de uma nova tendência para os preços da soja no mercado internacional. O cenário de fundamentos, afinal, segue negativo. 

"Foi uma reversão técnica. O mercado está sobrevendido, os fundos estão vendidos, os index funds vêm liquidando posições compradas, mas a verdade é que essa reversão - que chegou entre 16 e 17 pontos - é meramente técnica. O mercado testou, no contrato agosto, um objetivo de US$ 8,10 e reagiu", explica Sousa. 

A guerra comercial entre China e Estados Unidos continua no centro das discussões do mercado futuro norte-americano e ainda não há a confirmação de um acordo entre os dois países. Nesta segunda, o Ministério do Comércio chinês informou que entrou na OMC (Organização Mundial do Comércio) com uma reclamação contra as tarifas dos EUA sobre seus produtos. 

Do mesmo modo, também nesta segunda-feira, os EUA entraram na OMC com ações não só contra a China, mas contra cinco de seus parceiros comerciais. China, União Europeia, Canadá, México e Turquia estão entre eles e estão tendo suas ações retaliatórias sendo questionadas pelo governo americano. 

Leia mais:

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Segundo Sousa, porém, há conversas nos bastidores de Chicago de que os EUA estariam dispostos a promover uma nova rodada de negociação, o que, mesmo ainda no campo dos rumores, acaba trazendo algum alívio para os traders e ampliando levemente o espaço para recuperações como a desta segunda-feira. 

Ademais, Sousa explicou ainda que, mesmo sobretaxada pela China, a soja norte-americana se mostra mais competitiva nesse momento dado os baixos preços de Chicago e dos elevados prêmios que continuam a ser pagos para o produto brasileiro. Os valores seguem superando os 200 pontos nos portos brasileiros nas principais posições de entrega. 

Mercado Brasileiro

No Brasil, os preços continuam sem obedecer a um mesmo movimento e, neste início de semana testaram altas e baixas no interior do país, entre as principais praças de comercialização. A região Centro-Oeste, porém, é a que ainda traz pouca oscilação entre as referências, com os negócios travados em função do entrave em torno da questão dos fretes. 

Já nos portos, com a combinação das altas em Chicago e mais o dólar, além dos prêmios, os preços subiram nesta segunda-feira. Em Rio Grande, alta de 1,16% no disponível para R$ 87,00, e de 0,57% para R$ 87,50 para agosto. No terminal de Paranaguá, R$ 91,00 no disponível, estável, e R$ 82,50 no março/19, com ganho de 1,85%. 

"O mercado da soja no Brasil continuará mostrando boa pressão de compra e os vendedores querendo níveis dos R$ 92,00 em diante nos portos para voltar a fechar. Assim, se não tivermos apoio do dólar ou de Chicago, vamos para uma semana de calmaria e pouco movimento", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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