Soja cede mais de 2% em Chicago nesta 5ª feira e preços nos portos do BR acompanham queda

Publicado em 18/10/2018 17:53

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O mercado da soja ampliou suas baixas na Bolsa de Chicago e fechou o dia perdendo mais de 20 pontos - ou 2% - nos principais contratos no pregão desta quinta-feira (18). Uma conjunção de fatores pressionou os preços e levou, inclusive, o contrato março/19 a perder o patamar dos US$ 9,00 mais uma vez. O maio/18, que serve como referência para a nova safra do Brasil, encerrou os negócios em US$ 9,03

"E vimos hoje os fundos de investimentos saindo e vendendo suas posições em Chicago diante desses fatores", explicou o analista de mercado Marlos Correa, da Insoy Commodities.

Foram combinados nesta quinta números baixos das vendas semanais norte-americanas, melhores condições de clima para o colheita no Corn Belt e ainda a preocupação com a guerra comercial entre China e Estados Unidos.

De acordo com dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), na semana encerrada em 1 de outubro, as vendas semanais de soja dos Estados Unido somaram apenas 293,6 mil toneladas, contra expectativas que variavam de 600 mil a 1 milhão de toneladas.

No acumulado da temporada, o total da oleaginosa já comprometido pelo país é de 20.842,2 milhões de toneladas, contra mais de 26,2 milhões do mesmo período do ano passado. A estimativa total do USDA para o ano comercial é de que as exportações americanas somem 56,07 milhões de toneladas.

Como explica o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais, o cenário reflete a ausência do principal comprador dos EUA, que é a China, em decorrência da guerra comercial entre os dois países que segue em curso.
"Os totais também mostram isto. São 20,8 milhões contra 26,3 milhõe de toneladas vendidas do ano passado. Os embarques refletem o mesmo, 5 milhões deste ano, contra 7,05 milhões de toneladas do ano passado, contando com uma certa arrancada na semana passada com 1,16 milhão" diz.

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Preços no Brasil

No Brasil, o dia foi misto para a formação dos preços frente às baixas em Chicago se deparando com uma alta de mais de 1% do dólar nesta quinta-feira. Nesse ambiente de incerteza, os negócios permanecem travados no mercado nacional, especialmente os da safra nova. "A comercialização está travada", disse Marlos Correa em entrevista ao Notícias Agrícolas.

No interior do país, os preços apresentaram baixas de mais de 2,5%, como foi o caso de São Gabriel do Oeste, em Mato Grosso do Sul, onde a saca ficou nos R$ 76,00, até altas de 3,55%, como no Oeste da Bahia, com a última referência em R$ 73,00.

Já nos portos, o dia foi negativo. A queda intensa dos futuros da oleaginosa falou mais alto e os preços cederam mais de 1%. Em Paranaguá, a soja disponível encerrou o dia valendo R$ 90,50 e a safra nova com R$ 80,00 por saca, com baixas de 1,09 e 1,23%, respectivamente. Em Rio Grande, queda de 1,52% no spot, para R$ 90,60, e de 2,13% para novembro, onde o último preço foi de R$ 92,00 por saca.

A moeda norte-americana terminou a sessão desta quinta-feira com alta de 1,16% e valendo R$ 3,7250, após três sessões consecutivas de baixas intensas.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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