Soja fecha com leves altas em Chicago nesta 6ª em mercado esvaziado de informações

Publicado em 11/01/2019 17:35

As cotações da soja subiram nesta sexta-feira (11) na Bolsa de Chicago. Apesar de corrigirem parte das baixas do pregão anterior - de mais de 16 pontos - os preços mantiveram sua estabilidade e terminaram o dia com pequenos ganhos de 3,50 a 4 pontos entre os principais vencimentos. 

Com isso, o janeiro/19 ficou em US$ 8,99 e o maio/19, importante referencial para a nova safra brasileira, encerrou os negócios com US$ 9,23 por bushel. 

A falta de novidades continua limitando o mercado internacional. Não foram divulgados mais detalhes sobre as negociações entre China e Estados Unidos realizadas em três dias no início desta semana, e o serviço do governo norte-americano que poderia dar mais informações sobre as exportações do EUA está paralisado junto do governo de Donald Trump. 

Nesta sexta, o mercado ficou ainda sem as informações do boletim mensal de oferta e demanda de janeiro, que estava agendado para este 11 de janeiro, em função da paralisação do governo americano. E em um mercado esvaziado de informações consistentes, estas também fizeram falta e deixaram os negócios ainda mais sem direção e força para que os preços se comportem de forma mais agressiva.

Nesse ambiente, os traders optaram, como explicaram analistas e consultores de mercado, por recompras técnicas de parte de suas posições para  seguirem seguros para o final de semana, à espera das notícias da próxima semana. As especulações, portanto, continuam. 

Do mesmo modo, foco na safra do Brasil. As perdas são conhecidas pelo mercado internacional, mas não em sua totlaidade. Como explicou o consultor de mercado Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios, serão mais 10 ou 15 dias para que a safra nacional seja mais claramente definida e para que possa dar outro impacto sobre as cotações na CBOT, caso as perdas se agravem. 

Mercado Nacional

Muita establidade ainda é vista entre os preços no mercado nacional. As variações são pontuais, bem como os novos negócios. A pressão maior, no entanto, vem do dólar. Mais baixa, a moeda americana limita um avanço da cotações no Brasil, ou até mesmo promove seu recuo. 

No porto de Paranaguá, estabilidade no disponível com R$ 76,00 e para fevereiro com R$ 76,20, enquanto subiram em Rio Grande para R$ 76,30, com alta de 0,39%, e para R$ 75,80, com ganho de 0,40%. 

Comentário de Mercado da ARC Mercosul

Por Cristiano Palavro

Chegamos ao final da primeira semana completa de 2019 e com quedas robustas na sessão da última quinta-feira, os futuros da soja acumularam quedas no saldo da semana. Porém o suporte altista ainda se mostra presente, com o clima permanecendo bastante desafiador para a construção do potencial produtivo no Brasil Central.
 
O que tem prejudicado o direcionamento dos investidores neste momento é o lapso de informações mais concretas, causado pela paralisação parcial do governo americano e pelos discursos pouco conclusivos dos representantes chineses e americanos. Soma-se a isso ainda o descrédito que pesa sobre os posicionamentos do presidente americano, que mesmo muito otimista quanto ao avanço do acordo comercial, deixa uma enorme “pulga atrás da orelha” dos operadores do mercado. 

O mercado segue ávido por mais informações, e como dizem lá em Chicago: “Os touros precisam ser alimentados todos os dias”. 

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Safras corta previsão para colheita de soja do Brasil em 5,3%, a 115,7

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SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja 2018/19 do Brasil, em colheita, deverá cair para 115,7 milhões de toneladas, projetou nesta sexta-feira a Safras & Mercado, em um corte de 5,3 por cento ante a previsão anterior (122,2 milhões de toneladas) em razão do clima desfavorável em alguns Estados produtores.

O volume, caso se confirme, representaria uma queda de 4,2 por cento frente o recorde de cerca de 120 milhões de toneladas de 2017/18.

A revisão feita por Safras & Mercado se segue a outras já realizadas nos últimos dias por consultorias e pela própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

"Os problemas climáticos registrados a partir de dezembro trouxeram perdas relevantes de produtividade nos Estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul. As lavouras que mais sofreram foram as semeadas precocemente e que estavam em um momento importante do enchimento dos grãos", explicou em nota o analista Luiz Fernando Roque, de Safras & Mercado.

Em sua avaliação, boa parte dessas perdas já é irreversível, embora seja cedo para uma definição precisa sobre o tamanho do prejuízo, já que plantações semeadas mais tardiamente não sofreram tanto com a falta de umidade.

"No Sul, o excesso de chuvas na época do plantio trouxe a necessidade de replantio de diversas áreas no Rio Grande do Sul, mas não podemos falar em perdas produtivas no momento. Nos demais estados do Centro-Oeste, houve registro de problemas regionalizados que também impactaram lavouras, mas de uma forma mais isolada", acrescentou Roque.

Ele disse ainda que no Norte/Nordeste a falta de chuvas começa a preocupar.

As próximas quatro semanas serão decisivas para a definição das produções nos estados do Centro-Oeste e do Sudeste, além do Paraná, destacou a consultoria, citando previsões, contudo, que apontam para chuvas abaixo da média nas próximas duas semanas.

MILHO

Conforme Safras & Mercado, a produção brasileira de milho deverá totalizar 93,4 milhões de toneladas na temporada 2018/19, com elevação de 16,6 por cento sobre a safra anterior, mas 1,6 por cento abaixo dos 94,9 milhões considerados em novembro.

A expectativa é de que a área plantada cresça 3,4 por cento neste ciclo, para 16,8 milhões de hectares.

Do volume previsto por Safras & Mercado, a primeira safra, colhida no verão, deverá registrar 24,8 milhões de toneladas no centro-sul (+1,1 por cento), enquanto a segunda, a "safrinha", 62 milhões de toneladas (+27,4) na mesma região.

A consultoria indica ainda produção de 6,5 milhões de toneladas de milho para as regiões Norte e Nordeste, queda de 5 por cento.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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