Preços da soja sobem no Brasil nesta 4ª com dólar e boa demanda; Chicago ainda de lado

Publicado em 13/02/2019 17:04

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O dólar fechou com mais de 1% de alta frente ao real nesta quarta-feira (13) e ajudou a dar espaço para uma melhora dos preços da soja no mercado brasileiro, principalmente no interior do país. Os ganhos chegaram a até 5%, como foi o caso do Oeste da Bahia, onde a última referência ficou em R$ 63,00 por saca. 

A moeda americano fechou o pregão com ganho de 1,05% e valendo R$ 3,75. 

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Nos portos, os preços também subiram e, como explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, em uma tentativa dos compradores de atrair os vendedores, que seguem muito retraídos, mantendo travado o ritmo da comercialização.

Em Paranaguá, a soja spot fechou a quarta-feira com altas de 0,65% e R$ 77,50 por saca, enquanto em Rio Grande foi a R$ 76,80. com ganho de 0,79%. Na referência para março, R$ 78,50 no terminal paranaense e R$ 78,00 no gaúcho, com avanços respectivos de 0,64% e 1,30%. Para meses mais distantes, Paranaguá já marca algo entre R$ 81,00 e R$ 82,00 por saca. 

"Os compradores esperam que os negócios voltem a fluir e que os vendedores apareçam para fazer fechamentos", diz Brandalizze.

E o consultor explica ainda que a demanda internacional, principalmente da China, pela soja brasileira segue bastante ativa, mesmo com os negócios novos ainda se mostrando bem raros. As exportações de janeiro - resultado de contratos fechados há alguns meses - foram fortes, bateram recorde para o mês e, internamente, o consumo também é crescente e o ano é forte. 

Mercado Internacional

O que ainda limita uma melhora mais consistente dos preços da soja no Brasil é a movimentação lateral dos futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago. Faltam fôlego e novas notícias para os preços da soja no mercado futuro norte-americano e, até que esse contexto mude, esse ainda deve ser o comportamento das cotações, também como explica Brandalizze. 

Os traders seguem esperando por novidades, principalmente, das relações entre China e Estados Unidos e da demanda e necessidade da nação asiática de se voltar ao mercado americano para garantir esses volumes de soja. 

Ainda segundo Brandalizze, até que estas informações comecem a surgir, os preços deverão se manter, nas posições mais curtas, no intervalo de US$ 9,10 a US$ 9,20 por bushel, enquanto os contratos mais distantes seguem buscando os US$ 9,50. 

A cautela permanece entre os negócios em Chicago e os futuros da commodity ainda limitados. " Ainda não há novidades direcionadoras, entretanto, permanece o otimismo para a reconciliação entre as nações", acredita a ARC Mercosul.

Comentário de Mercado da ARC Mercosul

Por Cristiano Palavro

O “jogo de paciência” segue imperando sobre as cotações na Bolsa de Chicago nesta semana. Os operadores e investidores em Chicago seguem no aguardo de informações mais conclusivas sobre os rumos do acordo comercial que vem sendo desenhado entre americanos e chineses.

De forma geral, as expectativas seguem bastante otimistas de que as duas nações vão encontrar uma solução para o embate comercial, com o próprio Trump já admitindo que em caso de progresso nos próximos dias, a trégua de 90 dias firmada no final de 2018 poderá ser estendida. 

Na semana que vem mais números alimentarão as especulações com a chegada das estimativas do USDA para a nova safra americana (Outlook Conference) e as divulgações das exportações semanais que vinham sendo represadas pela recente paralização do governo americano.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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