Parceria Cresol-Instituto Emater amplia o monitoramento da ferrugem na região de Cascavel

Publicado em 06/11/2019 09:07


Desde 2008 os extensionistas da região de Cascavel fazem o monitoramento da ferrugem asiática nas lavouras de soja.O trabalho é significativo, já que a cultura ocupa 540 mil hectares na região. O Instituto Emater acompanha 29 Unidades Referência (URs) onde o manejo é feito, com os coletores de esporos que indicam a presença ou não da ferrugem nas localidades. Além disso, outros cinco agricultores adotaram a prática de forma independente e também há propriedades acompanhadas pela Associação de Agrônomos de Cascavel. A razão para que mais produtores adotem o manejo é uma só, a redução de custos e o consequente aumento da rentabilidade das lavouras.

De acordo com Onóbio Werner, coordenador da área de Lavouras do Instituto Emater, os produtores que fazem o monitoramento estão fazendo duas aplicações de fungicida, enquanto quem não faz esse trabalho faz 2,86 aplicações. "Quem adota essa prática economizou na última safra R$108,6 por hectare com fungicida. Além disso ainda joga menos fungicida no meio ambiente", explicou o extensionista. Werner acrescentou que a produtividade das lavouras fica em torno de 68 sacas/ha, levemente superior ao rendimento das áreas sem o monitoramento. Mas ele lembra que o agricultor consegue reduzir os custos e aumenta sua margem de lucro. "A rentabilidade média de quem faz esse trabalho é de R$ 2.867,69 por hectare", informou o extensionista.

Para aumentar o alcance dessa prática os extensionistas do Instituto Emater  vêm disseminando o monitoramento  da ferrugem na região. Atualmente onze municípios contam com os coletores de esporos, mas as informações sobre o momento em que a ferrugem está ameaçando as lavouras ficam disponíveis para todos os agricultores.  Em outubro, num convênio firmado com a Cresol Progresso (Sistema das Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária), foram adquiridos mais coletores de esporos e o número de unidades de referência em manejo integrado das doenças na região passou de 15, na safra passada, para 29 neste ano. "Como o Instituto tem limitações financeiras para adquirir os coletores, essa parceria é importante para garantir que as informações cheguem aos produtores", ressaltou Werner.

"O monitoramento é muito importante e por isso a Cresol foi parceira nesse trabalho", ressaltou Alisson Morais Fernandes, gerente da agência Cresol em Cascavel. Ele disse que a preocupação da cooperativa é que a assistência técnica dos seus cooperados não fique restrita à venda da sua produção. "A gente viu que os agricultores que adotaram o monitoramento conseguiram diminuir o custo de produção porque fazem um uso mais racional, mais consciente, dos defensivos. O nosso cooperado vai gastar menos e vai diminuir a poluição do meio ambiente com o monitoramento", observou Fernandes. Ele acrescentou que muitas vezes as revendedoras de insumos indicam a aplicação calendarizada. Ele disse ainda que em certos períodos a doença nem se manifesta na região. Mesmo assim as revendedoras sugerem a aplicação de fungicida, um gasto desnecessário. A intenção dos extensionistas é fazer com que o monitoramento da ferrugem chegue ao maior número possível de produtores.

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Fonte:
Emater/PR

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