Soja: Mercado faz pausa para fôlego, mas mantém viés de alta com força dos fundamentos

O mercado da soja testou algumas leves baixas no início do pregão desta quinta-feira (7) na Bolsa de Chicago, mas voltou a operar com estabilidade. As cotações, por volta de 9h40 (horário de Brasília), trabalhavam com movimentações tímidas, depois de três sessões consecutivas de altas muito expressivas somente nesta primeira semana útil de 2021, com variações de 0,50 a 0,75 ponto nos principais contratos, com o janeiro valendo US$ 13,65 e o março, US$ 13,62 por bushel.
O mercado, naturalmente, realiza lucros depois de acumular ganhos de quase 3% somentes nestas primeiras sessões de 2021, diante de fundamentos fortes e posicionamento recorde na ponta compradora por parte dos fundos investidores. Em 12 meses, o ganho acumulado é de 43%.
Segundo analistas e consultores de mercado, está mantido o viés positivo do mercado, uma vez que o cenário de fundamentos - em especial o clima na América do Sul neste momento - permanece em foco e forte. As condições na Argentina ainda preocupa e vem comprometendo as produtividades da oleaginosa, bem como em pontos do Brasil.
A análise feita por Paulo Sentelhas, CTO da Agrymet e professor Esalq/USP, mostra que apesar do retorno efetivo das chuvas em boa parte do país a partir de novembro, a região central do Mato Grosso do Sul, sudoeste do Mato Grosso e centro-sul do Rio Grande do Sul apresentavam nesta quinta-feira (7) condições críticas para os níveis de umidade do solo.
De acordo com seu levantamento, as regiões apresentam menos de 40% da disponibilidade máxima da água no solo. "Quando se tem o volume abaixo disso já começa limitar o crescimento da cultura", explica o especialista.
Paralelamente, os traders acompanham ainda um ambiente mais conturbado no mercado financeiro nesta quinta-feira, depois da confusão ontem na Casa Branca com a ocupação do Congresso Americano pelos apoiadores de Donald Trump durante a confirmação da eleição de Joe Biden.
O mercado acompanha também a movimentação do dólar, que sobe novamente frente ao real, com a moeda americana sendo cotada a R$ 5,34.
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