Soja mantém altas em Chicago e foco sobre clima adverso previsto para o Corn Belt

Publicado em 27/07/2021 12:05

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O mercado da soja segue sua trajetória de alta nesta terça-feira (27) na Bolsa de Chicago. Depois de algumas baixas, os futuros da oleaginosa subiam, perto de 11h50 (Brasília), entre 13,25 e 14,50 pontos nos principais contratos, levando o agosto a US$ 14,26 e o novembro a US$ 13,71 por bushel. O avanço das cotações continua sendo reflexo das condições de clima adverso nos EUA, o que já resultou em uma correção para baixo nos índices de lavouras em boas ou excelentes condições pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu reporte divulgado no final da tarde desta segunda (26). 

De acordo com o boletim, o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições caiu de 60% para 58% na semana. Há um ano eram 72%. 30% dos campos estão em condições regulares e 12% em condições ruins ou muito ruins, contra 29% e 11% da semana anterior da semana passada. 

"As áreas produtivas do norte e algumas áreas do centro continuam estressadas pelas elevadas temperaturas e clima predominantemente seco das últimas semanas o que reflete nas classificações", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.

E os mapas atualizados seguem mostrando chuvas mal distribuídas, ainda limitadas no oeste do país, e temperaturas elevadas, o que pode continuar prejudicando as lavouras caso o cenário se mantenha dessa forma. 

"Os modelos continuam indicando clima predominantemente seco nas Dakotas, Nebraska, oeste do Kansas, sul do Texas, Minnesota e norte do Iowa. Chuvas leves a moderadas nas demais regiões", complementa Sousa.

O que ainda paira de dúvida sobre o mercado da soja na CBOT são as notícias do front da demanda. Com margens apertadas de esmagamento e também para a suinocultura no país, a nação asiática vem fazendo apenas compras pontuais, "da mão para a boca", e ainda concentradas na América do Sul. 

"Agora que o Brasil está esgotado de soja, a China vai voltar a comprar soja dos EUA? O Rio Paraná, na Argentina, está com seu nível nas mínimas em 77 anos. O rio está tão baixo que os navios não podem atravessá-lo, o que encarece ainda mais as despesas logísticas. E esta é a mesma janela de tempo que a China aproveitou para começar a comprar agressivamente soja americana há um ano", diz Al Kluis, consultor americano da Kluis Advisors, ao portal Successful Farming. 

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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