Soja fecha pregão desta 2ª feira em Chicago com mais de 1% de baixa, acompanhando despencada do milho
Nesta primeira sessão da semana, os futuros da soja aceleraram as baixas e fecharam os negócios da segunda-feira (3) com perdas de mais de 1%, ou de 15 pontos entre os contratos mais negociados. Assim, o março - que sai da tela nos próximos dias - termina o dia abaixo dos US$ 10,00, com US$ 9,97, o maio com US$ 10,10 e o julho com US$ 10,25 por bushel.
O mercado da soja acompanhou as perdas intensas do milho, que fechou o pregão com quase 3% de baixa, estendendo as perdas da última sexta (28), ainda refletindo as projeções de um considerável aumento de área dedicada ao plantio do cereal nos EUA na safra 2025/26.
No entanto, ao lado das questões fundamentais - que incluem ainda chuvas previstas para a Argentina nos próximos 10 dias, de acordo com os últimos modelos climáticos - o mercado está bastante tensionado pelas tarifas de Donald Trump.
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"Os futuros recuaram forte em Chicago hoje, pressionados pela incerteza sobre as tarifas de 25% ao México, que começama valer em 4 de março, e pelo aumento das tarifas dos EUA sobre a China para 20%. Além disso, Trump estuda um "pedágio" para navios chineses, o que encareceria os fretes dos grãos dos EUA, reduzindo sua competitividade na exportação. Esse cenário reforçou a pressão sobre os preços na CBOT", explicaram os analistas da Agrinvest Commodities.
Ainda nesta segunda-feira, o presidente americano escreveu nas redes sociais que os EUA iriam impor tarifas sobre "produtos agrícolas externos" a partir do dia 2 de abril, o que deixou os mercados ainda mais tensionados.
"Aos Grandes Fazendeiros dos Estados Unidos: Preparem-se para começar a fazer muitos produtos agrícolas para serem vendidos DENTRO dos Estados Unidos. As tarifas serão aplicadas a produtos externos em 2 de abril. Divirtam-se!", disse.
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Segundo afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, "os países vizinhos dos EUA estão procurando alternativas para lidar com a imposição das tarifas. No entanto, em nossa opinião, os chineses não apresentam medidas preventivas e devem anunciar retaliação contra os EUA".
Do mesmo modo, o mercado também acompanha a boa retomada do ritmo dos trabalhos de colheita no Brasil, o que é mais um fator de pressão sobre as cotações, ao passo em que acompanha o drama da safra gaúcha.
"Com os trabalhos já entrando na reta final em Mato Grosso e sem maiores percalços nos demais estados de calendário mais antecipado, as atenções seguem concentradas no clima dos estados mais tardios, com destaque para a estiagem e o calor no Rio Grande do Sul, onde as lavouras seguem perdendo potencial produtivo", afirma a AgRural, que informou que a colheita nacional já alcança 50% da área, contra 48% do mesmo período do ano passado.
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