Cresce a produção de soja na região de Uberlândia/MG
Publicado em 03/03/2009 16:51
e atualizado em 09/03/2020 23:18
A produtividade das lavouras de grãos em Minas Gerais deverá crescer 0,6% em
relação ao ano passado. Um desempenho relativamente pequeno, mas muito superior
à média nacional, que projeta uma queda de 7,4%. Em Uberlândia e região, a soja
e o milho, principais produtos cultivados, apresentam cenários diferentes. No
que diz respeito ao volume de produção, são esperados crescimento de 5% para a
soja e queda em torno de 12% para o milho.
O motivo é que no Município houve uma redução da área cultivada de milho e, em contrapartida, um aumento de plantio de soja. E esta opção pela soja se deve a uma série de fatores, entre eles, o alto preço dos insumos — principalmente do adubo, que corresponde a cerca de 40% dos gastos em uma lavoura de milho — e uma menor demanda nas lavouras de soja. O atraso da chuva em outubro, época de plantio e o alto estoque regulador do governo que fez os preços despencarem 47%, passando de R$ 25 para R$ 17 (em média) a saca de 60 kg, também desestimularam o agricultor da região.
“A previsão de colheita de todos os grãos produzidos na região gira em torno de 273,178 mil toneladas, enquanto no ano passado foram 281,252 mil. Uma queda de 2,8%”, disse José Roberto Silva, coordenador regional da área de culturas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
No ano passado foram 18 mil hectares de milho plantados em Uberlândia e neste ano este número caiu para 16 mil. Já a soja passou de 43 mil hectares para 46 mil hectares. Na região do Triângulo Mineiro, compreendendo 20 cidades atendidas pela Emater regional, a área de milho correspondia a 141,103 mil hectares, caindo neste ano para 120,350 mil hectares. A de soja subiu de 231,192 mil para 242,885 mil hectares.
Ivanir Kenji, gerente de uma fazenda no Município de Uberlândia, disse que precisou adiar em 10 dias o plantio de milho, devido ao atraso da chuva no mês de outubro. O valor pago pela saca do grão foi outro fator decisivo para diminuir a área plantada de 200 para 100 hectares. “A gente faz custo de produção. Em setembro, antes de plantar, o saco de milho estava em R$ 15. Era inviável. Na safra anterior chegou até R$ 25”, disse Ivanir Kenji.
Ainda de acordo com o gerente, o valor da ureia que na última safra girava em torno de R$ 600 a R$ 800 a tonelada, passou a custar de R$ 1,2 mil a R$ 1,4 mil a tonelada. “Antes eu gastava de R$ 1,4 mil a R$ 1,6 mil por hectare, agora vai até R$ 2 mil, contando fertilizantes, insumos, sementes, depreciação da máquina e a colheita. E o valor do produto caiu”, disse Ivanir Kenji.
A área de 500 hectares de soja da fazenda onde o gerente trabalha continua a mesma. “O preço da saca é melhor, gira entre R$ 41 e R$ 46, o que deveria ser no mínimo R$ 50 para dar um bom retorno”, disse Ivanir Kenji.
O produtor Júlio César Pereira reduziu a área de plantio de milho de 1.270 hectares para 1.018 hectares, devido ao preço do grão que hoje varia entre R$ 17 e R$ 18. Da mesma forma, os gastos com insumos, que antes eram R$ 1,8 mil por hectare, hoje lhe custaram R$ 2,8 mil.
Quanto à sua plantação de soja passou de 1.970 hectares para 2.260 hectares, com um aumento de gastos inferior, subindo de R$ 1,2 mil para R$ 1,7 mil. “O milho é muito mais delicado e tem mais gasto com adubo. O preço do saco de milho teria que ser, no mínimo, R$ 21 para ficar bom”, disse o agricultor.
Fonte: Correio de Uberlandia
O motivo é que no Município houve uma redução da área cultivada de milho e, em contrapartida, um aumento de plantio de soja. E esta opção pela soja se deve a uma série de fatores, entre eles, o alto preço dos insumos — principalmente do adubo, que corresponde a cerca de 40% dos gastos em uma lavoura de milho — e uma menor demanda nas lavouras de soja. O atraso da chuva em outubro, época de plantio e o alto estoque regulador do governo que fez os preços despencarem 47%, passando de R$ 25 para R$ 17 (em média) a saca de 60 kg, também desestimularam o agricultor da região.
“A previsão de colheita de todos os grãos produzidos na região gira em torno de 273,178 mil toneladas, enquanto no ano passado foram 281,252 mil. Uma queda de 2,8%”, disse José Roberto Silva, coordenador regional da área de culturas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
No ano passado foram 18 mil hectares de milho plantados em Uberlândia e neste ano este número caiu para 16 mil. Já a soja passou de 43 mil hectares para 46 mil hectares. Na região do Triângulo Mineiro, compreendendo 20 cidades atendidas pela Emater regional, a área de milho correspondia a 141,103 mil hectares, caindo neste ano para 120,350 mil hectares. A de soja subiu de 231,192 mil para 242,885 mil hectares.
Ivanir Kenji, gerente de uma fazenda no Município de Uberlândia, disse que precisou adiar em 10 dias o plantio de milho, devido ao atraso da chuva no mês de outubro. O valor pago pela saca do grão foi outro fator decisivo para diminuir a área plantada de 200 para 100 hectares. “A gente faz custo de produção. Em setembro, antes de plantar, o saco de milho estava em R$ 15. Era inviável. Na safra anterior chegou até R$ 25”, disse Ivanir Kenji.
Ainda de acordo com o gerente, o valor da ureia que na última safra girava em torno de R$ 600 a R$ 800 a tonelada, passou a custar de R$ 1,2 mil a R$ 1,4 mil a tonelada. “Antes eu gastava de R$ 1,4 mil a R$ 1,6 mil por hectare, agora vai até R$ 2 mil, contando fertilizantes, insumos, sementes, depreciação da máquina e a colheita. E o valor do produto caiu”, disse Ivanir Kenji.
A área de 500 hectares de soja da fazenda onde o gerente trabalha continua a mesma. “O preço da saca é melhor, gira entre R$ 41 e R$ 46, o que deveria ser no mínimo R$ 50 para dar um bom retorno”, disse Ivanir Kenji.
O produtor Júlio César Pereira reduziu a área de plantio de milho de 1.270 hectares para 1.018 hectares, devido ao preço do grão que hoje varia entre R$ 17 e R$ 18. Da mesma forma, os gastos com insumos, que antes eram R$ 1,8 mil por hectare, hoje lhe custaram R$ 2,8 mil.
Quanto à sua plantação de soja passou de 1.970 hectares para 2.260 hectares, com um aumento de gastos inferior, subindo de R$ 1,2 mil para R$ 1,7 mil. “O milho é muito mais delicado e tem mais gasto com adubo. O preço do saco de milho teria que ser, no mínimo, R$ 21 para ficar bom”, disse o agricultor.
Fonte: Correio de Uberlandia
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Correio de Uberlandia
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