Trump segue no radar do mercado da soja e Chicago volta a disparar nesta 5ª, com altas de mais de 1%
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O mercado da soja registrou mais um dia de reviravolta e, depois da estabilidade que marcou boa parte do pregão, vai concluindo o pregão desta quinta-feira (2), novamente, com altas de dois dígitos entre os principais vencimentos, ou ganhos de mais de 1%. Não só a soja, mas milho e trigo vão finalizando os negócios com altas semelhantes.
Segundo explicam analistas e consultores, os preços voltaram a refletir as especulações em torno das declarações do presidente americano Donald Trump sobre seu encontro com Xi Jinping, chefe de estado chinês, colocando a soja no centro da mese de negociações. E desta vez, o sentimento dos produtores rurais norte-americanos parece estar mais forte sobre um acordo.
"Estamos realmente esperançosos, mas queremos ver alguns resultados no acordo comercial”, disse o agricultor do Missouri, Marty Richardson, em uma entrevista à agência internacional de notícias Bloomberg. "A necessidade de um acordo tornou-se urgente, pois os agricultores enfrentam preços baixos e altos custos dos insumos. Você sabe que pode lidar com um desses fatores, mas quando os dois estão contra você, você está em apuros", complementou.
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Além disso, os produtores rurais dos Estados Unidos também continuam aguardando pelos subsídios que o governo Trump deverá trazer em função da perda de mercado pelas traifas impostas pelos EUA a seus parceiros comerciais. Com isso, a China continua se abastecendo de soja apenas na América do Sul, sem comprar a oleaginosa americana desde maio.
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Ainda nesta quinta-feira, o mercado do farelo de soja também disparou e termina o dia com mais de 2% de alta. "O movimento é reflexo da forte recuperação dos prêmios na Argentina", afirmam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities. "Fora isso, os produtores americanos estão esperando a ajuda do governo e o farmer selling está fraco. Trump falou ontem que a soja será prioridade no encontro com Xi. Por que vou vender minha soja agora? Devem estar se perguntando os agricultores americanos?".
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