Louis Dreyfus e Amaggi se unem no norte e no nordeste
A multinacional francesa Louis Dreyfus Commodities (LDC) e a Amaggi, empresa do Grupo André Maggi, que tem 51% de participação da norueguesa Denora, anunciaram ontem uma associação no segmento de grãos, para avançar nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil. A previsão é de que a nova empresa fature R$ 700 milhões e movimente 1 milhão de toneladas de grãos em cinco anos. Os estados que produzirão soja e milho são Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins.
Além de produzir, a nova empresa nasce com viés logístico. Para acompanhar o crescimento do volume de produção a joint venture irá investir US$ 100 milhões em armazéns e instalações portuárias nas regiões de atuação. A empresa iniciará com dois armazéns: um no município de Luis Eduardo Magalhães, onde será a sede da companhia, e outro em Correntina, ambos na Bahia. A capacidade de cada armazém será de 60 mil toneladas.
A joint venture terá estrutura própria administrativa e comercial. Serão 12 unidades de armazenagem de milho e soja, com potencial de geração de aproximadamente 300 empregos diretos e 900 indiretos. Além de produzir e comercializar grãos a empresa tem o objetivo de atuar como agente financiador dos agricultores para a compra de fertilizantes, sementes e insumos agrícolas.
Simultaneamente a esses investimentos a LDC pode ainda arrematar a operação do Terminal para Granéis Sólidos e Vegetais do Porto de Santos, construção de 482 mil metros quadrados. Para isso a empresa já fez uma oferta de R$ 221 milhões, juntamente com a Cargill.
Norte e nordeste
O aporte da LDC e da Amaggi tem como destaque a escolha pelas estados que formam uma nova fronteira agrícola no País. A região está recebendo investimentos do governo em infraestrutura, que deverão garantir o escoamento da produção, e está atraindo cada vez mais empresas de todos os segmentos do agronegócio. Atualmente, a região formada por Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins produz 6 milhões de toneladas de soja e 1,7 milhão de toneladas de milho. "A Dreyfus e a Amaggi estão consolidadas em outras regiões do País, mas detectamos grande potencial de sinergia no Nordeste", disse Kenneth Geld, presidente da LDC.
Segundo ele, a LDC tem um perfil global, com presença em mais de 50 países. Já a Amaggi, conta com expertise em produção, originação, logística e fomento para produtores.
"Como a região da Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins é a nova fronteira agrícola do País, acreditamos que há grande possibilidade de expansão dos nossos negócios nesses estados, principalmente com estudos e investimentos em novas alternativas logísticas", afirma o presidente do Grupo André Maggi, Pedro Jacyr Bongiolo, reforçando que faz parte do planejamento estratégico do Grupo Maggi atuar em todos os estados brasileiros produtores de soja.
Junto com o setor produtivo empresas de insumos começam a se fixar na região. Nesta semana a Itafós Fertilizantes, empresa produtora de fosfato no Tocantins, fez o lançamento da pedra fundamental do primeiro polo minero-químico do Estado. De acordo com informações do governo do Estado do Tocantins, o complexo industrial será composto pela Itafós e mais seis empresas, sendo quatro misturadoras de fertilizantes e duas transportadoras, representando um investimento de US$ 100 milhões até 2012. "O governo do Tocantins está empenhado em apoiar empresas que estejam interessadas em realizar investimentos no estado, o que significa principalmente mais empregos e renda para a nossa população", destacou Eduardo Machado, vice-governador do Tocantins.
Leonardo Marques da Silva, diretor da Itafós, informou que prevê a possibilidade de investimentos da ordem de US$ 500 milhões até 2015, gerando mais de 2.300 empregos. "Este polo minero-químico deverá alterar significativamente a economia da região sudeste do Tocantins com a produção e ampliar a atuação da agricultura tocantinense, com a redução nos custos dos fertilizantes no estado", disse. A Itafós pertence à MBAC Fertilizers, empresa controlada por um fundo de investimento canadense.
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Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF
INFELIZMENTE, É MAIS UMA EMPRESA NACIONAL QUE SE VAI, confirmando o que dissemos que nossa agricultura se torna cada vez mais das multi e sem caminhos de retorno para nossas futuras gerações e economia. Em grãos, fertilizantes, agroquimicos e fretes oceânicos, elas já dominavam a maior parte e irão chegar a 99% para não dizer que há concentração. Em açucar e etanol, a Bunge, ADM, LCD e outras da Àsia estão nadando de "braçada". Em frigorificos bovinos e de carnes, elas também dominam, embora ainda disfarçadamente. Na producao e varejo de alimentos, elas já sao a maioria com Carrefour, Casino/Pao-de-açucar, Wall Mart etc.. INFELIZMENTE, É TENDENCIA MUNDIAL, MAS AS ECONOMIAS DOS PAISES EM DESENVOLVIMENTO ESTÃO ESTRANGEIRIZANDO. DESTE JEITO, VAMOS NOS TORNAR UMA REPUBLICA DE BANANAS COMO NA AMERICA CENTRAL, CHILE E MEXICO, ONDE AS RIQUEZAS SÃO DE ESTRANGEIROS E O POVO SO TEM A MERRECA MENSAL DO SALARIO. SO A VALE, A PETROBRAS, FUNDOS DE PENSAO ETC PODEM NOS SALVAR SE COBRADOS/INCENTIVADOS