MT: demanda de soja para China aumentou 80% em 5 anos

Publicado em 14/05/2010 14:10
As importações chinesas alcançaram o recorde de 42 milhões de toneladas em 2009 e, para este ano, está prevista uma demanda de 46 milhões de toneladas em importações, crescimento de 9,52%. Mato Grosso, maior parceiro da China e responsável pelo suprimento de um terço das necessidades de consumo da oleaginosa daquele país. Mesmo a China sendo auto-suficiente em trigo, arroz e milho, o país compra mais da metade das exportações mundiais de soja, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Os produtores matogrossenses consideram o aumento do apetite chinês bem-vindo. “A China é um mercado muito importante para Mato Grosso, só precisamos resolver o nosso problema de infra-estrutura e logística para chegarmos à Ásia com produtos mais competitivos”, disse ao Diário de Cuiabá, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Glauber Silveira.

Segundo ele, o mercado asiático é altamente promissor para Mato Grosso, “Estado vocacionado para atender à Índia e China, sobretudo por ser um dos principais fornecedores de commodities agrícolas do mundo. As oportunidades são muitas, basta que os empresários saibam reconhecê-las e aproveitá-las”.

O aumento a demanda chinesa aumentou nos últimos anos de forma excepcional, basta lembrar que as compras saltaram de 25 milhões de toneladas para 46 milhões de toneladas, incremento de 84% nos últimos cinco anos. Para 2011, a previsão é de que as importações chinesas aumentem em 6,52%, passando para 49 milhões de toneladas em relação ao volume previsto para 2010.
Atento a este movimento, o Brasil exportou 15,90 milhões de toneladas de soja para a China em 2009, incremento de 179,93% em relação a 2004, quando foram exportadas 5,68 milhões.

No mesmo período de cinco anos, as exportações de Mato Grosso para a China cresceram 515,90%, saltando de 893 mil toneladas, em 2004, para 5,50 milhões de toneladas, no ano passado. Considerando as exportações para os demais blocos econômicos (10,65 milhões de toneladas), o volume destinado ao mercado chinês representa 51,64% das vendas externas do Estado.
Silveira considera o mercado chinês o mais importante do mundo para Mato Grosso, lembrando que o país produz apenas 17 milhões de toneladas de soja e é dependente de importações para dar conta de alimentar toda sua população. “Também somos dependentes do mercado chinês, que compra quase 50% de toda a nossa produção de grãos. Mato Grosso produz o que a China precisa, que são os alimentos, e o que os produtores devem fazer é intensificar este comércio que já está firme e se apresenta bastante promissor. Acho que os interesses se completam e abrem um novo horizonte para ambos”, analisa.
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Só Notícias

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