Soja começa a semana em queda com valorização do dólar nos EUA e crise na Europa

Publicado em 18/05/2010 07:09
Receio de agravamento da crise financeira na Europa provoca valorização do Dólar dos EUA e acarreta colapsos de preços futuros de diversas commodities e de ações negociadas em bolsas de valores.
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Nesta segunda-feira, dezessete de maio de 2010, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam com perdas expressivas, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), conforme a tabela acima. O acentuado recuo desta data levou as cotações futuras da oleaginosa ao seu mais baixo nível em quase sete semanas. Novamente o medo quase pânico de que a crise financeira européia se torne ainda pior do que já está motivou o colapso do Euro e desencadeou nova e acentuada valorização do Dólar norte-americano perante a moeda européia e perante outras moedas conversíveis.

A valorização do Dólar por sua vez desencadeou a queda dos preços futuros de inúmeras commodities, além da queda durante a maior parte do respectivo pregão, exceto nos minutos finais, do Índice Dow Jones (índice médio dos valores das principais ações negociadas em Nova Iorque). Esse índice conseguiu de forma notável encerrar a sua sessão diária na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE) com o ganho insignificante de 0,05 %. Vide o ganho minúsculo assinalado em azul, do lado direito do gráfico e a perda (assinalada em vermelho claro) durante quase toda a sessão.

Entretanto, outro fator também contribuiu para o recuo das cotações futuras de soja. A expectativa média de avanço do plantio de soja nos EUA de parte dos analistas em Chicago anteriormente ao encerramento da sessão futura da oleaginosa era da ordem de 45 %.

Após o fechamento, o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA) informou que o plantio da oleaginosa no mencionado país havia atingido até o domingo passado 38 % da área total planejada, sendo que 13 % das lavouras de soja norte-americanas já se encontravam em estágio de emergência, naquela data. As previsões climáticas de curto prazo são, porém, favoráveis ao rápido avanço e término do plantio e à evolução favorável das lavouras de soja nos EUA em seu estágio de crescimento vegetativo.

Entretanto, ao aproximar-se o final da sessão futura, consumidores da oleaginosa perceberam que os baixos níveis atingidos constituíam preço de barganha anteriormente à tendência sazonal de rally de alta de verão, que costuma ocorrer em determinados anos-safra. Essas compras de final de sessão ensejaram certo nível de suporte às cotações de soja, limitando um pouco as perdas. Estima-se que os fundos de especulação tenham vendido cerca de 4.000 lotes futuros (544.000 toneladas) de soja, neta segunda-feira.

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Fonte:
SojaNet

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