Soja encerra nas máximas dos últimos 14 meses em Chicago
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou nesta quarta-feira a venda de mais 180 mil toneladas de soja para China, safra 2010/11. A nação asiática já comprou cerca de 420 mil toneladas da oleaginosa norte-americana nesta semana.
"Os chineses estão comprando soja a US$12 dólares para vender em um mercado interno onde os preços estão mais altos. A demanda chinesa é muito forte para ração animais e óleos vegetais" disse Jerry Gidel, analista de mercado da North American Risk Management Services Inc., em Chicago.
O alerta no pregão de hoje é para o clima na América do Sul, que tem se mostrado mais favorável para o plantio, e que pode limitar os ganhos.
O recuo do dólar visto nesta quarta-feira também contribui para a alta, uma vez que aumenta as perspectivas para as exportações norte-americanas.
"É o dólar. Nós estamos vivendo em uma era onde as pessoas querem ter algo físico, tangível, confiável, que saibam que vai ter demanda. As safras, mais ou menos, terão demanda até onde os olhos podem ver", disse Gary Mead, analista de produtos sênior da VM Group em Londres.
No fechamento do pregão, o vencimento novembro ficou em US$12,13/bushel, com alta de 33 cents. Já o maio, referência para a safra brasileira, valendo US$12,36, avançando 33,50 cents.
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Milho - O milho também fechou em terreno positivo e registrou ganhos de mais de 26 cents. A demanda pelo cereal bem como o recuo da moeda norte-americana atuam como fatores de sustentação dos preços.
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O vencimento dezembro encerrou em US$5,72/bushel, com alta de 26,50 cents e o dezembro a US$5,84, subindo 26,50 cents.
Trigo - O trigo acompanhou a alta dos mercados vizinhos. No entanto, as melhores condições climáticas nos Estados Unidos podem segurar um pouco as altas.
Para o trigo, o vencimento dezembro fechou valendo US$6,83, com alta de 11,75 cents e o março era cotado a US$7,19, subindo 10,75 cents.
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