Soja recua com baixa dos grãos e possíveis novas políticas de contenção na China
A fala de Ben Bernanke, presidente do FED (o Banco Central norte-americano) deve trazer medidas que podem mexer com o andamento do dólar e, fatalmente, afetar as commodities de uma maneira geral. O discurso acontece por volta das 15h30 (horário de Brasília).
Quanto ao clima, as previsões sinalizam uma melhora nas condições para o milho nos Estados Unidos e para o trigo na Europa. Este clima mais favorável dá a tônica do mercado nesta quarta-feira, com os grãos em Chicago já registrando perdas de dois dígitos.
Alguns modelos climáticos apontam tempo mais seco para os próximos dias, especialmente sobre o oeste do cinturão produtor, o que poderia favorecer o plantio do milho nos Estados Unidos. O processo segue bastante atrasado e até o último domingo registrava apenas 9% da área estimada em 37,23 milhões de hectares.
Além disso, há a previsão ainda de condições mais favoráveis para o cultivo de trigo na Europa, o que também pode pesar sobre os preços. Nos últimos dias, as lavouras dos EUA, Canadá, China e alguns países produtores da Europa sofreram com uma forte estiagem, a qual comprometeu os índices de produtividade.
Sobre a China, a incerteza que ronda o mercado não é mais somente sobre a demanda. A preocupação sobre um possível anúncio de novas medidas de contençao da inflação no país, a qual deve afetar diretamente a demanda chinesa por commodities, já pesa sobre os preços nesta quarta-feira.
"A ausência da China no mercado e temores de que novas políticas contracionistas possam ser adotadas pelo país para contenção inflacionária preocupam o mercado", diz Ricardo Lorenzet, especialista no mercado de grãos da XP Investimentos.
No pregão noturno de hoje, soja, milho e trigo encerraram com fortes
perdas e estenderam as baixas para a sessão diurna. Por volta das 11h54
(horário de Brasília), a soja já perdia mais de 12 pontos, o milho quase
5 e o trigo mais de 17.
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