Produtor pode trocar pastagem pelo plantio da soja no Mato Grosso
As regiões nordeste e norte do estado podem registrar os maiores incrementos sobre as pastagens, com percentuais de 9% e 5%, respectivamente, quando comparados à safra passada, pela projeção do Instituto Mato-grossense de Economia e Agropecuária (Imea).
"É uma aposta. Temos muitas áreas de pastagem que hoje estão degradadas e sem uso. Todas elas podem ser utilizadas", explicou a analista de agricultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), Karine Gomes Machado.
De acordo com a analista, as projeções para a próxima safra mostram-se favoráveis no estado. Com o incremento na área de soja, a partir de pastagens, o estado deve produzir 2,3% a mais em relação ao ano passado. Se o cenário se concretizar, Mato Grosso pode superar 21 milhões de toneladas do grão, sendo este o melhor resultado desde 2007, quando foram 17,6 milhões de toneladas.
Nesta safra 2010/11, a produção no estado ultrapassou 20,5 milhões de hectares. "O cenário da safra de 2010/11 foi muito positivo e o da 2011/2012 será bom", pontuou a analista.
Confiança
Há pelo menos três anos o agricultor Gilmar Dell'Osbel aposta na transformação de pastagens em áreas propícias ao cultivo de diferentes culturas. Segundo o produtor, o saldo tem sido positivo. Para o próximo ano, ele pretende utilizar 200 hectares para semear soja, aumentando para 1,4 mil hectares sua área total com a cultura. Metade ainda no primeiro semestre e, o restante, no segundo semestre.
A valorização nas terras contribuiu com o cenário porque encareceu a compra de espaços abertos. "Vou transformar os 200 hectares de pastagem em lavoura. É preciso agregar [os espaços], aos poucos, pois nessas áreas de pastagem você colhe menos", explicou.
A 'corrida' visando a safra 2011/2012 em Mato Grosso já começou. Segundo o Imea, a maior parcela dos componentes necessários para o preparo da terra e plantio já foi adquirida. É o caso dos insumos, cuja aquisição atingiu a casa dos 90% no estado. Conforme o Instituto de Pesquisas, para sementes o percentual chega a 94% e, de fertilizantes, outros 90%.
"O ano safra encerra em julho e a partir deste mês os agricultores já começam o preparo para a próxima safra", completou a analista Karina Gomes Machado, da Famato.
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