Grãos começam a se recuperar e fecham em alta nesta terça-feira
De acordo com analistas o que deu estímulo às cotações foram compras especulativas frente a informações de um mercado sobrevendido e subvalorizado. A tendência de alta ainda foi reforçada pelas bolsas e o petróleo em alta e pela desvalorização do dólar frente a outras moedas.
Para Pedro Djeneka, analista de mercado da corretora RJ O'Brien, o apetite dos fundos é retomado no momento em que eles percebem que a crise financeira que segue assombrando o mercado de commodities não é tão iminente.
Como explicou Djeneka, o foco dos grãos novamente não são os fundamentos e o andamento do mercado financeiro é o que vem ditando os rumos das commodities, e principalmente as commodities agrícolas. "Vai ser preciso muita notícia ruim para derrubar esse mercado. A sustentação vem de pequenos indícios de algumas coisas boas como esse novo resgate na Europa", disse.
Nos últimos trinta dias, a turbulência na economia mundial provocou um recuo de 14% nos principais vencimentos da soja e a oleaginosa amargou dias de severas perdas. No entanto, este cenário deverá ser revertido com a volta dos fundamentos ao mercado com importantes relatórios sobre a safra norte-americana chegando aos traders nos próximos dias.
Com isso, para o analista da RJ O'Brien, as pequenas altas devem incentivar os produtores a aproveitarem o momento para travarem seus custos. Porém, a orientação é de que não se façam grandes vendas, pois os preços - frente a uma ajustada situação de oferta - possam voltar a registrar novas e boas altas.
Milho - Assim como a soja, o milho fechou a terça-feira em alta na Bolsa de Chicago. Os preços do cereal também foram estimulados por um cenário macroeconômico mais tranquilo e por compras especulativas. A alta do trigo e a compra de 110 mil toneladas de milho norte-americano pela Associação de Alimentos da Coreia também contribuíram.
Entretanto, o que limitou o avanço do mercado foram os indícios de que os USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporte reservas do grão maiores do que o esperado em seu relatório trimestral que será divulgado nesta sexta-feira (30).
Trigo - No caso do milho, além do favorecimento vindo da economia mais calma e do risco da crise menos iminente para as commodities agrícolas e da volta dos fundos, o clima adverso também atuou positivamente no mercado do grão.
As plantações da Argentina, Austrália e Ucrânia sofrem com a falta de umidade e as mesmas condições atrasam o ritmo do plantio nos Estados Unidos.
Confira como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago:
0 comentário

Prêmios da soja seguem elevados, refletindo a demanda forte pela soja brasileira: exportações de carne bovina seguem fortes e com volumes diários 50% maiores

Soja começa nova semana no Brasil com prêmios altos e comercialização evoluindo

Planalto Norte de SC deve colher mais de 800 mil toneladas de soja, indica Giro da Safra

Soja segue trabalhando de lado e de forma técnica na Bolsa de Chicago nesta 2ª feira

Adido do USDA vê aumento de 1,9% na área plantada com soja no Brasil em 2025/26

Safra 2025/26: Soja perde espaço nos EUA e incertezas sobre produtividade e preços crescem