Soja: Exportações recuam nos EUA e preços amargam mais um dia de perdas
Entre os principais fatores de pressão negativa para o mercado estão o bom andamento da safra na América do Sul, a preocupação com um possível desaquecimento da demanda, a valorização do dólar index e ainda as preocupações com o mercado financeiro.
Sobre a safra sulamericana, a previsão de agências internacionais é de clima favorável para o Brasil e para a Argentina, o qual poderia, até mesmo, promover um aumento da produtividade.
Segundo uma previsão da agência Telvent DTN, o Brasil deverá ter de três a cinco dias de clima seco que devem favorecer a semeadura no país.
Na Argentina, os campos contarão com chuvas de leves a moderadas até o dia 24 de outubro, condições também positivas para esse processo.
Já essa redução da demanda foi confirmada pelo relatório semanal de registro de exportações que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou hoje.
Enquanto o mercado espera a venda de algo entre 700 mil a 1,2 milhão de toneladas de soja, o volume exportado foi de apenas 594,7 mil toneladas. Segundo analistas, o boletim só não foi mais negativo por conta dos dados melhores referentes ao farelo de soja.
Mercado financeiro - Além desses fatores, o mercado financeiro incerto segue assombrando os negócios entre as commodities, principalmente as agrícolas.
A falta de definição sobre fundos de resgate para a Grécia e demais economias da Zona do Euro é a principal preocupação dos participantes do mercado. A expectativa agora volta-se para o que será anunciado após a reunião do G-20 que acontece no próximo domingo, dia 23.