Evolução do setor sucroenergético brasileiro é foco de atenções dos EUA
“Viemos coletar dados sobre as principais fontes energéticas do País, e a indústria da cana-de-açúcar não poderia ficar de fora desta pesquisa. As informações ajudarão a identificar o status conjuntural desta demanda e apontar qual o caminho trilhado pelo Brasil,” explicou o economista-chefe da comitiva, Michael Matthews.
O grupo foi recebido na UNICA pelo consultor de Emissões e Tecnologia, Alfred Szwarc, e pela coordenadora de Relações Institucionais, Luana Maia. A conjuntura atual do mercado doméstico de etanol e perspectivas futuras dominaram a discussão, com destaque para os avanços tecnológicos voltados para o crescimento sustentável da produção, como a inserção do sorgo sacarino no sistema produtivo da cana, uma opção que vem sendo testada para complementar a produção de etanol.
Para o consultor da UNICA, a procura por mais detalhes sobre o setor sucroenergético demonstra a relevância do tema e o interesse por informações consistentes sobre o produto. “A cultura da cana e seus produtos são acompanhados com particular interesse pelo governo americano, especialmente pelo fato do etanol de cana do Brasil ter sido classificado em fevereiro de 2010 como biocombustível avançado pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês), o que possibilita acesso privilegiado do produto naquele país” destacou Szwarc.
Cana e Milho
Os americanos são hoje os maiores produtores de etanol do mundo, com uma produção em 2011 de cerca de 55 bilhões de litros de etanol de milho. O Brasil vem em segundo, com aproximadamente 23 bilhões de litros de etanol de cana-de-açúcar produzidos na última safra. Juntos, os dois países respondem por mais de 70% da produção e mais de 80% do comércio mundial de etanol.
“Os dois países têm muito em comum, principalmente no que se refere à produção de biocombustível. Isso justifica as trocas de informações e o interesse mútuo,” acrescentou o consultor da UNICA.
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