Agência australiana diminui previsão de preços para o açúcar em níveis não vistos há 3 anos

Publicado em 20/06/2013 12:57

Autoridades australianas diminuíram as estimativas para os preços futuros do açúcar, prevendo um estoque recorde e preços não vistos há três anos. A Abares, agência oficial de commodities australiana, cortou a sua previsão para os preços do açúcar bruto em 2013/14 na Bolsa de Nova York em 2 centavos de dólar por libra peso, atingindo 15 centavos de dólar por libra peso, um nível não visto desde junho de 2010, e abaixo das previsões dos bancos Goldman Sachs e Morgan Stanley. 

De acordo com a Abares a estimativa reflete uma previsão de outro grande excedente mundial de açúcar, o quarto consecutivo. A agência australiana elevou a sua estimativa para o excedente em 1,5 milhões de toneladas, para 5,8 milhões de toneladas: "A previsão de aumento reflete em grande parte o aumento das plantações de cana-de-açúcar no mundo nos últimos anos, principalmente no Brasil, em resposta aos preços mundiais favoráveis”.

A grande produção de açúcar no Brasil, Tailândia, China e Austrália, está prevista para ser apenas parcialmente equilibrada pela menor produção na Europa, EUA, Índia e México. Os estoques mundiais devem subir para um recorde de 75,3 milhões de toneladas e devem continuar a pressionar os preços do açúcar no mundo.

Os dados da Abares aumentaram em cerca de 5% a produção chinesa, para 14,6 milhões de toneladas, enquanto a produção melhorou mais do que os agricultores imaginavam. Os chineses cultivam cana como cultura principal, mas existe um pouco de produção de beterraba também.

"Os preços baixos do açúcar estão fazendo produtores chineses deixarem a produção de cana e beterraba e migrarem para culturas alternativas, como milho, arroz, mandioca, legumes e horticultura", diz a Abares.

Na Tailândia a produção foi estimada em 10,6 milhões de toneladas, um aumento de 2,4%, refletindo uma suposição nos níveis de rendimentos afetada pela seca de 2012/13. A produção australiana foi estimada em 4,5 milhões de toneladas, um aumento de 6% no ano.

Brasil: A agência da Austrália prevê um aumento de cerca de 7% na produção brasileira, para 43,5 milhões de toneladas, em um ano base de outubro a setembro.

A Abares afirma que a previsão de aumento é impulsionada por um crescimento no plantio de cana-de-açúcar e uma renovação das antigas plantações em resposta aos preços favoráveis e a recuperação das condições climáticas adversas encontradas em 2012/13.

No entanto, essas previsões foram feitas antes da Datagro, consultoria de açúcar e etanol do Brasil, advertir que a safra de cana 2013/14 no centro-sul do país pode ficar aquém das expectativas devido ao aumento da incidência de pragas como a broca da cana.

As infestações da broca de cana subiram de 3,8% para 4% em relação ao mês passado, acima do nível de 3% considerado normal, justamente em um momento em que os preços baixos têm incentivado os produtores a cortar insumos agrícolas, como pesticidas e fertilizantes.

A Datagro afirmou que iria rever a sua estimativa para a produção de cana no centro-sul, responsável por cerca de 90% da produção brasileira de açúcar.

Com informações do site internacional Agrimoney. 

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Por:
Paula Rocha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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