Açúcar encerra 6ª no campo misto em NY, mas acumula alta de 1% na semana

Publicado em 23/04/2021 15:11 e atualizado em 25/04/2021 17:45
Mercado continua atento para desenvolvimento da safra brasileira, apesar das recentes oscilações técnicas

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​As cotações futuras do açúcar fecharam o dia no campo misto na Bolsa de Nova York e com queda leve em Londres, apesar de valorização no acumulado da semana. O dia foi de movimentação técnica, após ganhos recentes acompanhando os temores com a oferta.

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York fechou o dia na estabilidade, cotado a US$ 16,88 c/lb, com máxima de 17,05 c/lb e mínima de 16,79 c/lb. Os outros contratos oscilaram entre altas e baixas. O tipo branco em Londres registrou perda de 0,26%, negociado a US$ 461,20 a tonelada.

Na semana, o adoçante bruto no terminal norte-americano registrou acumulado de cerca de 1%.

Depois de acompanhar com força durante a semana as preocupações com o desenvolvimento da safra brasileira de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil diante de clima adverso, o mercado do açúcar teve uma sessão mais técnica nesta sexta-feira, seguindo a véspera.

"Não é nada que muda muito o cenário de comportamento desses preços", disse ao Notícias Agrícolas Bruno Freitas, economista sênior da Datagro, sobre a movimentação mais técnica do mercado nesta reta final da semana.

Cana-de-açúcar - Foto: Unica
Citibank revisou previsão de superávit de açúcar na safra 2021/22 para 2,9 milhões de t - Foto: Unica

Dados meteorológicos apontam que o estado de São Paulo, que abrange cerca de 70% da produção de cana no Brasil, teve o clima mais seco dos últimos 20 anos em cinco dos últimos seis meses até março. Com isso, usinas têm atrasado o início da moagem na nova safra à espera de melhor desenvolvimento das lavouras.

Nesta sexta-feira, o Citibank revisou para baixo sua previsão de superávit de açúcar na safra 2021/22 para 2,9 milhões de toneladas, cerca de 20% a menos do na estimativa de março, principalmente por conta dos reflexos na safra brasileira. A expectativa no segundo trimestre do ano é de preços em média em US$ 16,20 c/lb.

Do lado positivo, o mercado também olha para as recentes incursões de frio na França, maior país produtor de açúcar da União Europeia. A safra de beterraba sacarina do país perdeu até 50 mil hectares plantados com geadas. No financeiro, como pressão aos preços do açúcar nos terminais externos, os operadores da commodity repercutem a valorização do dólar ante o real brasileiro nesta sexta-feira depois de um dia de ampla valorização. Esse cenário encoraja as exportações pelo Brasil.

Mercado interno

A semana termina com cotações internas do adoçante valorizadas ou firmes. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,50%, a R$ 110,60 a saca de 50 kg na quinta-feira.

Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, negociado a R$ 115,35 a saca, segundo dados da Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 18,36 c/lb, com queda de 0,11% sobre o dia anterior.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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