Açúcar vai acima de US$ 20 c/lb e mantém máximas de mais de 4 anos em NY

Publicado em 16/08/2021 15:02
Temores com a oferta do adoçante do Brasil, maior exportador global, seguem sobre mercado

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (16) em alta, estendendo o rally da semana passada e mantendo as máximas de mais de quatro anos, nas bolsas de Nova York e Londres. Os temores com a oferta seguem ditando.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 0,40%, cotado a US$ 20,03 c/lb, com máxima de 20,17 c/lb e mínima de 19,89 c/lb. O tipo branco em Londres saltou 1,06%, negociado a US$ 496,30 a tonelada.

"A alta nos preços segue uma recente geada que devastou a safra no Brasil, com as usinas de cana no país segurando seus estoques para cumprir seus contratos em vez de vendê-los. O frio restringiu os suprimentos e afetou o período de colheita", destacou a Bloomberg.

Ainda de acordo com a agência de notícias, o dia foi de ganhos mais expressivos para o tipo branco porque os prêmios do tipo atingiram níveis remuneradores, mas que ainda possuem um longo caminho de valorização a percorrer.

"[A compra dos investidores] aumentou durante a alta, mas isso é finito e provavelmente agora está perto do fim", disse Tobin Gorey, estrategista de commodities agrícolas do Commonwealth Bank of Australia.

Trabalhador segura açúcar bruto nas mãos
Com menor oferta do Brasil, usinas indianas já se preparam para produzir maior quantidade do tipo bruto - Foto: Reuters

As posições líquidas compradas (long) pelos grandes fundos e especuladores no açúcar na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), considerando futuros, subiram para 297.421 contratos até 10 de agosto, sobre 283.287 posições da semana anterior, segundo a Commodity Futures Trading Comission (CFTC).

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Na última semana, a trading inglesa Czarnikow reduziu sua estimativa para a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil para 32,5 milhões de toneladas, sobre levantamento anterior que apontava para 34,1 milhões de t do adoçante produzidas.

Em meio aos temores com a oferta do Brasil, segundo a Reuters, as usinas indianas já começam a planejar produção de uma maior quantidade de açúcar bruto no início da nova temporada de comercialização a partir de 1º de outubro.

O mercado internacional do açúcar também encontrou suporte na desvalorização do dólar sobre o real em parte do dia, o que tende a desencorajar as exportações. Por outro lado, o petróleo registrava queda nas bolsas internacionais.

Mercado interno

A última semana terminou com preços do açúcar valorizados a próximos da estabilidade. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,02%, com a saca de 50 kg cotado a R$ 125,52.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou alta de 0,31%, a R$ 128,95 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 20,16 c/lb com alta de 2,16%.

ETANOL

O Indicador do etanol hidratado CEPEA/ESALQ - São Paulo teve valorização de 3,51% na última semana, a R$ 3,1382 o litro, enquanto que o anidro avançou 3,11%, a R$ 3,5733 o litro.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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