Impactos na safra brasileira voltam a ditar altas do açúcar em NY e Londres

Publicado em 18/08/2021 14:38
Com menor oferta do BR, Índia já se movimenta para suprir parcela da oferta global do adoçante

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (18) com ganhos moderados nas bolsas de Nova York e Londres. Os impactos climáticos na safra brasileira seguem movimentando as ações dos investidores no mercado.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou alta de 0,75%, cotado a US$ 20,17 c/lb, com máxima de 20,31 c/lb e mínima de 19,99 c/lb. O tipo branco em Londres saltou 0,62%, negociado a US$ 504,50 a tonelada.

"Os danos causados pelas geadas e pela seca estão aparecendo, já que fontes da indústria disseram esperar um curto período de processamento", disse em nota o analista da Price Futures Group, Jack Scoville, com referência ao impacto climático.

Para Rafaela Souza, analista de inteligência de mercado da StoneX, o viés de alta para o açúcar deverá seguir pelos próximos dias, apesar de ajustes pontuais, até que novos relatórios da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) sejam reportados.

O mercado do adoçante também já começa a olhar os impactos da seca histórica no Centro-Sul do Brasil e das geadas que ocorreram em julho sobre a safra de cana-de-açúcar do país que será colhida somente apenas a partir do ano que vem.

Um trabalhador verifica o fluxo de açúcar dentro da fábrica de açúcar Gandavi, 165 km (102 milhas) ao sul de Ahmedabad, Índia, 26 de março de 2012. REUTERS  Amit Dave  Foto de arquivo
Mercado também já olhada impactos na safra de açúcar de 2022/23 - Foto: Reuters

"Um déficit global na produção para a próxima temporada está provavelmente consolidado, e agora resta ver o quão grande ele será”, disseram à agência de notícias Bloomberg da ADM Investor Services International Ltd.

Diante da perspectiva de menor oferta de açúcar pelo Brasil nos próximos anos, a Índia já demonstra que deve elevar suas exportações de açúcar na nova temporada, a partir de outubro, mesmo sem subsídios do governo.

“Nas circunstâncias atuais, da forma como vemos o cenário, parece não haver necessidade do apoio dos subsídios. Se as exportações podem acontecer por si só, também é melhor para os mercados globais que nenhum subsídio seja concedido”, disse Sudhanshu Pandey, funcionário do Ministério do Consumidor, Alimentação e Distribuição Pública da Índia.

No financeiro, os futuros do petróleo no cenário internacional oscilaram entre alta e baixa durante o dia e impactavam o mercado. Apesar disso, o dólar registrava leve alta sobre o real, o que tende a encorajar as exportações.

MERCADO INTERNO

Os preços no mercado brasileiro seguem em alta com oferta restrita. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,30%, com a saca de 50 kg cotada a R$ 129,77.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 128,95 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 20,23 c/lb com queda de 0,05%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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