Apesar de temporada 2021/22 (abr-mar) tímida, Centro-Sul não deve apresentar moagem abaixo de 530 milhões de toneladas, avalia StoneX

Publicado em 25/10/2021 17:33
Segundo análise da Inteligência de Mercado do grupo, o mais provável é que a temporada 2021/22 (abr-mar) encerre com moagem atingindo 533,1 milhões de toneladas

A StoneX divulgou novo relatório reafirmando suas projeções para a temporada corrente de cana-de-açúcar no Centro-Sul, analisando o comportamento da produtividade dos canaviais até março/22. “Daqui para frente, é importante traçar cenários para o potencial produtivo dos canaviais do Centro-Sul, de modo a avaliar qual será o resultado da temporada, especialmente, ao considerar que o TCH da safra atual tem renovado suas mínimas históricas”, avaliam as analistas de inteligência de mercado do grupo, Marina Malzoni e Rafaela Souza.

No primeiro cenário, a StoneX considera que a produtividade da cana continuará retraindo frente às mínimas históricas na mesma proporção do observado em setembro, de 7,8%. Assumindo que boa parte da extensão canavieira de 2021/22 seja colhida até outubro, as estimativas da consultoria apontam para uma moagem de cerca de 536,9 milhões de toneladas no acumulado da safra corrente. Isto representaria um recuo anual de 10,4% no TCH médio da região, para 69,5 t/ha.

No segundo cenário, considerado o mais provável por Malzoni e Souza, adota-se a variação mensal da produtividade média dos canaviais ao longo das 3 últimas safras. Com base nisso, os cálculos do grupo reforçaram a estimativa apresentada no início de outubro de que a moagem alcance 533,1 milhões de toneladas em 2021/22 – assumindo, também, a sazonalidade mensal da área colhida na região. Tal estimativa se baseia em um TCH de 69 t/ha (-11,0%) no acumulado da temporada.

Por fim, um cenário alternativo foi elaborado de modo a avaliar como deveria se comportar o rendimento médio dos canaviais para o alcance de uma moagem abaixo de 530 milhões de toneladas. Para isso se concretizar, o TCH deverá caminhar abaixo das mínimas históricas entre outubro/21 e março/22, na ordem de aproximadamente 25%, resultando em um processamento de 523,9 milhões de toneladas na temporada atual. Isto levaria a produtividade das lavouras no acumulado da safra para 67,9 t/ha (-12,5%).

“Diante dos cenários expostos, é evidente que estimativas de quebra abrupta da safra corrente tendem a não se concretizar”, comentam as analistas de Inteligência de Mercado da StoneX.

Em um horizonte de mais longo prazo, a consultoria também reafirmou sua expectativa de que o processamento de cana alcance 565,3 milhões de toneladas em 2022/23, alta anual de 6,1%, considerando que a produtividade avance 5,0% no próximo ciclo, para 72,5 t/ha.

Essa expectativa, contudo, será moldada com maior precisão ao longo dos próximos meses, dado que as chuvas se mostrarão cruciais para o desenvolvimento dos canaviais. Em termos de mix produtivo, as usinas têm demonstrado maior cautela em suas contratações de açúcar para exportação. As preocupações acerca de um possível desabastecimento no mercado de combustíveis têm valorizado os preços do etanol, que já opera com prêmio frente ao açúcar.

Tal condição pode estimular um maior direcionamento de matéria-prima para a produção de etanol no próximo ciclo. Ainda assim, as perspectivas de déficit de açúcar na safra global de 2021/22 (out-set) também serão um ponto de atenção daqui para frente, já que poderão favorecer a atratividade do açúcar frente ao biocombustível.

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Fonte:
StoneX

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