Açúcar perde mais de 1% nesta 6ª e fecha semana com acumulado negativo
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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (29) com perdas de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado acompanhou o financeiro em parte do dia, além das melhores expectativas para a 2022/23.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova caiu 1,78%, negociado a US$ 19,27 c/lb, com máxima de 19,70 c/lb e mínima de 19,21 c/lb. Já em Londres, o tipo branco teve desvalorização de 1,26%, a US$ 509,10 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do açúcar recuou 0,62%.
O mercado do adoçante sentiu pressão durante o dia das perdas do petróleo, que acabou voltando ao positivo no final do dia, em meio menores preocupações com a oferta global, segundo a Reuters. O óleo impacta na decisão do mix das usinas.
Um óleo mais baixo impacta nos preços da gasolina, também refletindo na demanda por etanol. Dessa forma, as usinas tendem a maximizar a produção do adoçante ao invés do biocombustível, elevando a oferta disponível no mercado.
Além disso, o dólar chegou a operar em alta sobre o real, o que impacta as exportações.
O mercado também teve acomodação. "Os preços do açúcar em NY na sexta-feira sofreram pressão em meio vendas técnicas antes do fim de semana, após a alta observada no início da semana com máximas de duas semanas", segundo o Barchart.
Do lado fundamental, há otimismo com a safra 2022/23 em meio condições climáticas mais favoráveis para as lavouras do Centro-Sul do Brasil, após impactos climáticos severos durante a temporada 2020/21.
“Nova York teve o mercado mais fraco em meio melhores condições climáticas para a safra de cana-de-açúcar no Brasil”, pontuou o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
A consultoria Datagro espera a moagem de cana na nova temporada do Centro-Sul entre 530 e 565 milhões de toneladas, sobre 518,6 milhões de t em 2021/22.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar voltaram a superar os R$ 150 a saca no Brasil em meio oferta restrita e demanda pelo adoçante.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, avançou 1,71%, negociado a R$ 151,87 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, negociado a R$ 139,43 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,95 c/lb - estável.
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