Açúcar recua em NY e Londres nesta 3ª com produção no Centro-Sul do BR acima do esperado

Publicado em 10/05/2022 15:22
Mercado do adoçante ainda seguiu no dia as perdas expressivas do petróleo com temores sobre demanda

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (10) com queda leve nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sentiu pressão da produção acima do esperado no Centro-Sul do Brasil na 2ª quinzena de abril, apesar de queda anual.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,64%, cotado a 18,54 cents/lb, com máxima de 18,77 cents/lb e mínima de 18,51 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 0,59%, negociado a US$ 518,30 a tonelada.

O mercado do açúcar estendeu as perdas da sessão anterior, renovando o patamar abaixo de 19 cents/lb, após a divulgação de moagem de cana e produção de açúcar e etanol na segunda quinzena do mês de abril na principal região produtora do Brasil.

A produção no Centro-Sul nos últimos 15 dias recuou 38,7% ante o ano passado, para 934 mil toneladas, segundo a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), mas ficou acima da estimativa da pesquisa da S&P Global de 769,4 mil toneladas.

Até o final de abril, 180 unidades operaram frente a 207 unidades no mesmo período do ciclo 2021/2022. Para a primeira quinzena de maio, outras 57 unidades devem iniciar a moagem no Centro-Sul.

"A rápida aceleração do ritmo de moagem e produção no atual ciclo denota a responsabilidade do setor sucroenergético com o equilíbrio do abastecimento energético do País, mesmo em um momento que ainda as unidades produtoras registram uma produtividade agrícola muito discrepante entre os canaviais e uma qualidade da matéria-prima quase 10 quilos de ATR por tonelada de cana-de-açúcar inferior ao da última safra em mesmo período", afirma Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica.

No financeiro, o mercado ainda sentiu pressão do petróleo, que recuou mais de 2% no dia em meio aos temores com a demanda pelo óleo. O dólar, por outro lado, tinha queda leve sobre o real, o que tende a dar suporte aos preços externos.

Ainda no mercado do óleo, essencial para a definição do mix pelas usinas, ainda é monitorado o posicionamento europeu. "Como a UE continua hesitando sobre se vão ou não embargar o petróleo russo, isso também muda muito o cálculo em ambas as direções", disse John Kilduff, sócio da Again Capital LLC.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar seguem em baixa no mercado brasileiro com o avanço da safra. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,79%, negociado a R$ 133,32 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,84 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,76 c/lb com queda de 2,57%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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