Açúcar fecha 5ª próximo das mínimas de mais de 3 semanas em NY, abaixo de 18 cents/lb

Publicado em 27/10/2022 17:32
Maior moagem no Centro-Sul do BR na última quinzena, safra 23/24 e expectativas com a Índia também pressionam

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Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (27) com queda nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado segue impactado pelos dados da Unica sobre a 1ª quinzena de outubro, além de boa perspectiva da safra 2023/24 e a nova safra da Índia.

No terminal norte-americano, os preços fecharam próximas das mínimas de mais de três semanas.

"Os negociantes disseram que os fundos podem ter mais para liquidar nas próximas semanas, mas é improvável que levem o mercado muito mais para baixo, dada a força dos futuros de açúcar próximos versus futuros", destacou a agência de notícias Reuters.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 0,84%, cotado a 17,71 cents/lb, com máxima de 17,93 cents/lb e mínima de 17,69 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 0,40% no dia, a US$ 517,20 a tonelada.

As expectativas sobre a próxima safra do Centro-Sul foram elevadas nos últimos dias e pesam sobre os preços do adoçante.

A consultoria Datagro, por exemplo, prevê a produção do maior produtor do açúcar no mundo, o Brasil, pode crescer para 38,5 milhões de toneladas no próximo ciclo com melhores condições climáticas, ante as atuais 33,2 milhões de toneladas.

A HedgePoint revisou recentemente seus números da temporada atual e também vê safra positivae em 2023/24.

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Os negociantes disseram que os fundos podem ter mais para liquidar nas próximas semanas, mas é improvável que levem o mercado muito mais para baixo, dada a força dos futuros de açúcar próximos versus futuros

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) trouxe neste início de semana que a produção de açúcar nos primeiros 15 dias de outubro totalizou 1,83 milhão de toneladas, um salto anual de 59,10%.

Além disso, a Índia, segundo maior exportador de açúcar do mundo, prevê que a produção em 2022/23 (outubro-setembro) aumentará 2%, para 36,5 milhões de toneladas, com alta de 5% na área cultivada de cana-de-açúcar.

Olhando o financeiro, as perdas do adoçante eram limitadas. O dólar cai forte sobre o real, além de alta de mais de 1% do petróleo.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar têm acompanhado uma demanda mais aquecida nos últimos dias e uma oferta mais restrita, favorecendo ganhos na maioria dos dias.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,35%, negociado a R$ 128,15 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 144,29 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,34 c/lb e desvalorização de 1,33%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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