Com pressão do petróleo e origens, açúcar recua e perde os 20 cents/lb nesta 2ª
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Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (21) com queda forte nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi de atenção ao mercado ao financeiro, além das informações das origens, principalmente Brasil, e questões técnicas.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,95% no dia, a 19,86 cents/lb, com máxima de 20 cents/lb e mínima de 19,73 cents/lb. Já em Londres, o primeiro contrato teve desvalorização de 1,36%, a US$ 535,90 a tonelada.
Depois de testar máximas de sete meses nos últimos dias na Bolsa de Nova York, o mercado do açúcar sentiu pressão nesta segunda-feira de um movimento de realização de lucros e ficou mais distante do patamar de 20 cents/lb.
Além disso, o petróleo chegou a cair cerca de 5% nesta sessão e pressionava fortemente o adoçante. Os temores com a oferta diminuíram, segundo a Reuters, além das preocupações com a demanda da China e a força do dólar norte-americano.
“Além da perspectiva de demanda enfraquecida devido às restrições da COVID na China, uma recuperação do dólar americano hoje também é um fator de baixa para os preços do petróleo”, disse à Reuters Tina Teng, analista da CMC Markets.
O adoçante também acompanha as informações que partem das principais origens produtoras. A safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil tende a ser positiva, assim como a safra 2022/23 da Índia, que acabou de começar no país asiático.
A trading inglesa Czarnikow disse neste início de semana que as usinas do Centro-Sul do país podem produzir 34,7 milhões de toneladas de açúcar em 2023/24 (abril-março), uma alta de anual de 7% e a maior safra em três anos.
A Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA, na sigla em inglês) anunciou na semana passada que a produção das usinas no país na safra 2022/23 foi até agora de 2 milhões de toneladas. O volume é praticamente estável ante o ciclo anterior.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar seguem negociados acima de R$ 130 a saca em meio demanda aquecida e produção escassa neste momento da safra.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,17%, negociado a R$ 131,93 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 144,14 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,83 c/lb e alta de 1,55%.
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