Açúcar fecha 6ª em baixa nas bolsas, mas tem acumulado semanal positivo
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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (02) com queda nas bolsas de Nova York e Londres. A atenção seguiu no dia seguiu ao financeiro, além das informações sobre as principais origens produtoras do adoçante: Brasil e Índia.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,71% no dia, cotado a 19,48 cents/lb, com máxima de 19,68 cents/lb e mínima de 19,35 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve baixa de 0,98%, a US$ 533,10 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento no terminal norte-americano saltou cerca de 0,50%.
O dia foi de oscilação dos dois lados da tabela para o açúcar nas bolsas externas. Depois de voltar a se aproximar do patamar de 20 cents/lb nos últimos dias, o mercado sentiu pressão de um movimento natural de realização de lucros no dia.
No financeiro, o dólar operava com avanço sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities e também dá pressão. O petróleo, chegou a oscilar entre baixas e perdas, mas acabou consolidando a baixa, dando pressão ao adoçante.
Nos fundamentos, ainda repercutem as informações sobre as principais origens produtoras.
A consultoria StoneX projetou nesta semana que a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul no ciclo 2023/24 em 587,6 milhões de toneladas. Isso é mais de 4 milhões de t acima da estimativa anterior. Também há expectativas positivas com a Índia.
"Os preços do açúcar foram limitados pelas expectativas de uma mudança para um superávit de mercado em meio às perspectivas favoráveis de produção no Brasil", disse a agência de notícias Reuters nesta sexta.
Além disso, durante a semana, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) apontou a produção de açúcar na primeira metade de novembro no Centro-Sul totalizou 1,67 milhão de toneladas, uma alta de 162,19%.
No acumulado desde o início da safra 2022/2023, a fabricação do adoçante totaliza 31,97 milhões de toneladas, frente às 31,87 milhões de toneladas do ciclo anterior (+0,29%).
Por outro lado, o mercado acompanha a demanda aquecida pelo adoçante. O Brasil exportou 4,07 milhões de toneladas de açúcar em novembro, 53% a mais do que no mesmo mês do ano passado, e o maior volume do ano. O faturamento foi de mais de R$ 1 bilhão.
MERCADO INTERNO
Do lado interno, os preços do açúcar disparam acima de R$ 136 a saca em meio demanda aquecida e produção no Centro-Sul caminhando para a finalização. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,27%, negociado a R$ 136,66 a saca de 50 kg.
"Levantamento do Cepea mostra que a maioria das usinas paulistas deve finalizar a produção até o final deste mês, sendo poucas as que continuam a moer cana em dezembro", disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP) em nota divulgada na semana.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,48 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,02 c/lb com queda de 0,05%.
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