Açúcar: Embalada pelo petróleo, commodity salta mais de 1% nesta 5ª feira nas bolsas
Os contratos futuros do açúcar finalizaram a sessão desta quinta-feira com altas de mais de 1,50% nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte da disparada do petróleo, além dos contínuos temores com a oferta, com Ásia e nova safra do Centro-Sul do Brasil.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,63% no dia, cotado a 21,76 cents/lb, com máxima em 21,91 cents/lb e mínima de 21,32 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 1,60%, a US$ 622,90 a tonelada.
O mercado futuro do adoçante nas bolsas externas teve predomínio da alta na sessão desta quinta-feira. O principal fator de suporte foi o petróleo, com altas expressivas sendo registradas com crescentes tensões no Oriente Médio, principal produtora do mundo.
As oscilações do óleo bruto impactam na decisão de produção das usinas, se serão mais voltadas para o etanol ou produção do adoçante. Ainda no financeiro, o adoçante teve suporte da desvalorização do dólar sobre o real, que desencoraja a exportação.
Além disso, nos fundamentos, segue a atenção dos operadores para os temores com a oferta global do adoçante, principalmente por conta dos problemas na Ásia. Também há temores para a condição das lavouras para a safra 2024/25 de cana do país que começa só em abril.
A hEDGEpoint Global Markets vê a safra 2024/25 do Brasil pode ser menor do que a colheita recorde do ciclo atual, já que o clima mais seco impactou os canaviais do Centro-Sul.
A entidade espera moagem no ciclo em 620 milhões de toneladas métricas, abaixo da previsão anterior de 640 milhões de t r da previsão de 2023/24 de 651,5 milhões de t.
Em relação à safra atual do Brasil, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) trouxe que a produção de açúcar do Centro-Sul aumentou 35% na segunda quinzena de dezembro ante o mesmo período de 2022 com usinas prolongando a moagem.
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MERCADO INTERNO
Depois de um início de ano negativo, os preços do açúcar voltaram a subir no interno. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 146,26 a saca de 50 kg com alta de 1,46%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 153,26 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 22,31 c/lb com desvalorização de 1,34%.
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