É um vitória para o setor produtivo afirma presidente da Unida sobre inclusão dos produtores de cana-de-açúcar no Renovabio
“A inclusão dos produtores de cana-de-açúcar no Renovabio é uma grande conquista e vitória do setor produtivo que passa a ter direito de ter sua participação nas receitas obtidas com a negociação de créditos de descarbonização (CBios)”, afirma o presidente da União Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida), Pedro Campos Neto. Ele faz referência a Lei 15.082/24 que garante ao produtor de cana-de-açúcar destinada à produção de biocombustível a participação nas receitas de CBios. Antes da sanção da Lei a remuneração era exclusiva das usinas produtoras de etanol.
O dirigente canavieiro lembra que o apoio de várias entidades foi fundamental para que o acordo fosse fechado com as usinas, assim como o papel de grande articulador do autor do Projeto de Lei 3149/20 que deu origem a Lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É o momento de comemorar essa grande conquista, mas, também de agradecer o apoio e parceria que tivemos da Feplana, Unica, CNA, BioEnergiaBrasil, SindaçúcarAL, Sindaçúcar PE e Sindálcool, além do apoio do Senador da República, Efraim Filho, que sempre defendeu esse nosso pleito, sendo o autor do PL e relator da matéria no Senado”, afirmou Pedro Campos Neto.
Além de incluir os produtores no Renovabio, a nova lei também reforça a regulação do setor com medidas como o aumento de multas para os agentes que não cumprirem as metas de descarbonização estabelecidas. O não cumprimento das metas passa a ser tipificado como crime ambiental e a comercialização de combustíveis será proibida para distribuidores inadimplentes com sua meta individual. A legislação ainda revoga a autorização dada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em casos de reincidência de descumprimento das metas.
De acordo com a lei, os produtores de cana-de-açúcar deverão receber parcelas de, no mínimo, 60% das receitas oriundas da comercialização dos CBios gerados a partir do processamento da cana entregue por eles às usinas. Quando o agricultor fornecer à indústria os dados primários necessários ao cálculo da nota de eficiência energético-ambiental, além desses 60%, ele deverá receber 85% da receita adicional sobre a diferença de créditos, já descontados os custos de emissão. Já os produtores das demais matérias-primas de biocombustíveis, como soja e milho, usados para a produção de biodiesel e etanol, respectivamente, poderão negociar a parcela de remuneração no âmbito privado.
0 comentário
Açúcar sobe mais de 2% nesta 6ªfeira (19) mas encerra semana com baixas em NY e Londres
Mercado do açúcar sobe mais de 1% nesta sexta-feira (19)
Cotações do açúcar ampliam queda com sinalização de novas exportações pela Índia
Mercado do açúcar mantém pressão negativa nos preços internacionais nesta quinta (18)
Com pressão do câmbio, açúcar fecha em queda e recua pela terceira sessão seguida
Açúcar recua e safra no Centro-Sul caminha para o fim com foco no etanol